O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acusou Chris Pavlovski, CEO da Rumble, de incitar ódio contra a Corte. A declaração veio após Pavlovski afirmar em 20 de fevereiro de 2025 que não cumpriria ordens judiciais brasileiras. Ele postou no X que a Rumble enfrentaria Moraes nos tribunais, chamando as determinações de ilegais. Isso ocorreu no contexto de um embate sobre a remoção de conteúdos na plataforma.
Moraes determinou a suspensão da Rumble no Brasil em 21 de fevereiro, após a empresa não indicar um representante legal no país. Em sua decisão, ele destacou que Pavlovski estaria promovendo ataques ao STF ao desafiar as ordens judiciais. O ministro reforçou que a plataforma vinha sendo usada para disseminar conteúdos contra a democracia. A medida foi comunicada à Anatel para bloqueio imediato.
A origem do conflito está ligada a perfis como o de Allan dos Santos, investigado por supostos crimes contra o STF. Moraes havia ordenado o bloqueio de contas específicas na Rumble, mas a empresa se recusou a cumprir.
Pavlovski argumentou que tais decisões não têm validade fora do Brasil sem aval do governo dos EUA. Ele mantém que a Rumble prioriza a liberdade de expressão dos usuários.
Na visão de Moraes, as postagens de Pavlovski no X ultrapassaram a liberdade de expressão e entraram em incitação ao ódio. O ministro citou que o CEO ignorou princípios históricos de defesa da democracia ao rejeitar as ordens. Ele também apontou o risco de a plataforma continuar servindo como espaço para atos antidemocráticos. A suspensão visa conter esse uso, segundo o STF.
A Rumble já enfrentava tensões com o Judiciário brasileiro, tendo saído do país em 2023 por questões semelhantes. Após retomar operações em 2025, a empresa foi novamente alvo de Moraes, que exigiu um representante legal em 48 horas. A falta de resposta levou ao bloqueio nacional da plataforma. Pavlovski reagiu prometendo lutar nos tribunais americanos, onde já move ação contra o ministro.
O caso ganhou projeção internacional com o envolvimento da Trump Media, que apoia a Rumble em um processo nos EUA.
A ação na Flórida, iniciada em 19 de fevereiro, alega que Moraes viola a soberania americana com suas ordens. Para os apoiadores de Bolsonaro, a resistência de Pavlovski é um exemplo de defesa da liberdade. O embate segue em aberto, com impactos no Brasil e além.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...