A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, de 66 anos, está no centro de uma polêmica recente. Reportagens apontam que ela tomou apenas uma dose de reforço da vacina contra Covid-19 em 2024, em fevereiro. Isso vai contra as diretrizes do próprio Ministério da Saúde, que recomenda uma dose a cada seis meses para maiores de 60 anos. A revelação gerou críticas e questionamentos sobre sua coerência no cargo.
De acordo com o documento “Estratégia de Vacinação Contra a Covid-19”, publicado em 2024, idosos devem manter o esquema vacinal atualizado semestralmente. Nísia, tendo recebido sua última dose em fevereiro, deveria ter tomado outra em agosto, mas não há registro disso. O Ministério confirmou a situação e informou que ela atualizará seu cartão ainda esta semana. A demora, porém, já alimenta debates sobre sua gestão na pasta.
A notícia ganhou destaque em um momento delicado para o Ministério da Saúde, que enfrenta críticas recorrentes. Em 2024, mais de 10,9 milhões de doses de vacinas contra Covid-19 venceram e foram incineradas, segundo reportagens.
Outras 12 milhões estavam próximas do vencimento em novembro, evidenciando problemas logísticos. A falta de uma campanha de vacinação para 2025 também intensifica a controvérsia.
Opositores de Nísia apontam a situação como um exemplo de hipocrisia, resumido no ditado “faça o que eu digo, não o que eu faço”. Nas redes sociais, como no X, usuários criticaram sua falta de comprometimento, ligando o fato à gestão de vacinas no país. Alguns sugerem que o descuido pessoal reflete desleixo na compra e distribuição de imunizantes. A pasta, contudo, não respondeu diretamente a essas acusações.
A inclusão de idosos no Calendário Nacional de Vacinação contra Covid ocorreu em dezembro de 2024, sob a gestão de Nísia. Isso torna ainda mais simbólico o fato de a ministra não seguir as próprias recomendações. Especialistas defendem que líderes de saúde devem dar exemplo, especialmente em um contexto de desinformação. A falha dela pode enfraquecer a confiança pública na vacinação.
Por fim, o caso expõe a pressão sobre Nísia Trindade em um governo que prioriza a saúde pública como bandeira.
Atualizar o cartão agora pode amenizar o desgaste, mas não apaga as críticas já feitas. A situação serve como alerta sobre a importância da consistência entre discurso e prática em cargos de liderança. O impacto político e social desse episódio ainda está por se desenrolar.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...