A demissão da ministra da Saúde, Nísia Trindade, por Lula (PT) gerou críticas até mesmo dentro da grande mídia, tradicionalmente alinhada ao governo petista. A jornalista Andréia Sadi, da GloboNews, classificou como "vexame" a forma como Nísia foi retirada do cargo e destacou o padrão do governo Lula em "fritar" mulheres antes de demiti-las. A substituição por Alexandre Padilha, um nome ligado ao núcleo duro do PT, levanta questionamentos sobre o uso político do Ministério da Saúde em meio a disputas partidárias.
Essa é a terceira mulher do alto escalão a ser demitida por Lula. Antes de Nísia, foram exoneradas a deputada Daniela Carneiro (União Brasil-RJ), que comandava o Turismo, e Ana Moser, ex-jogadora de vôlei, que estava à frente do Ministério do Esporte. Em todos os casos, as ministras sofreram um longo processo de desgaste público antes de serem oficialmente afastadas – uma prática que expõe a fragilidade do discurso de defesa das mulheres adotado pelo governo petista.
Sadi não poupou críticas ao comportamento do governo Lula. Segundo a jornalista, a forma como as demissões são conduzidas prejudica a imagem das ministras e demonstra um tratamento diferenciado quando se trata de mulheres.
**"Se fosse no governo Bolsonaro, a esquerda estaria caindo de pau em cima",** declarou a apresentadora, apontando a hipocrisia do discurso progressista que ignora os erros da gestão petista.
A troca no comando da Saúde acontece em um momento delicado, com denúncias de irregularidades no uso de recursos e falhas em políticas públicas essenciais. A nomeação de Alexandre Padilha, conhecido por seu alinhamento ideológico e por sua atuação na articulação política do PT, indica que Lula prioriza interesses partidários em detrimento da competência técnica.
Além disso, a saída de Nísia Trindade expõe as contradições do governo Lula em relação à participação feminina no poder. Enquanto o presidente petista se apresenta como defensor das mulheres, na prática, as exonerações reforçam a visão de que as ministras são descartáveis quando interesses políticos estão em jogo. Essa postura evidencia o uso do discurso feminista como mera fachada para encobrir um governo marcado pelo fisiologismo e pela falta de compromisso com a gestão eficiente.
Com as críticas partindo até mesmo da mídia tradicional, o desgaste do governo Lula se intensifica.
A condução autoritária e a instrumentalização de ministérios para atender aos interesses do PT mostram que, na prática, o discurso de inclusão e respeito às mulheres não passa de retórica vazia.
Assista:
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...