O governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta críticas crescentes por causa da alta dos preços dos alimentos em 2025. Dados do Cepea/USP mostram que o ovo branco atingiu valores recordes em fevereiro, com a caixa de 30 dúzias custando até R$ 190. A inflação persistente tem gerado insatisfação, especialmente entre os mais pobres, que sentem o impacto no dia a dia.
A alta dos ovos é atribuída a fatores como o aumento no custo da ração, ligado à desvalorização do real e à importação de insumos. A Selic, que subiu para 13,25%, encareceu a produção e prejudicou os produtores rurais. A suspensão das linhas do Plano Safra 2024/2025 por falta de recursos agravou a situação do setor agrícola. Isso alimenta a narrativa de que a economia está em queda livre.
O preço do ovo branco em Bastos (SP) subiu 40% em poucos meses, pressionado por choques climáticos e alta demanda. Enquanto isso, galinhas vivas custam entre R$ 10 e R$ 20 no varejo, criando um contraste que viralizou nas redes.
Embora o ovo não supere o valor da galinha, a percepção de descontrole econômico se fortaleceu. Oposição usa isso para atacar o governo Lula.
Em 6 de fevereiro, Lula disse estar “preocupado” com os preços, mas defendeu que a inflação está sob controle. Ele sugeriu que os brasileiros evitassem comprar itens caros, o que irritou críticos como Marcel Van Hattem. A desaprovação do presidente chegou a 51% em janeiro, segundo a AtlasIntel, refletindo o peso dos alimentos. A frase sobre ovos e galinhas virou munição política.
Apesar das críticas, o PIB cresceu 2,9% em 2023, com projeções de 3,42% para 2024, indicando que a economia não está destruída.
Ainda assim, a alta dos ovos expõe falhas na gestão de custos e na comunicação do governo. A compra da Mantiqueira pelos irmãos Batista, em 2023, é citada como suspeita, mas sem provas de impacto atual. O governo precisa reagir para evitar mais desgaste.
A retórica de destruição econômica é explorada por opositores, mas simplifica um cenário complexo de inflação global e desafios internos. O ovo, item básico na mesa dos brasileiros, virou símbolo de uma crise que mistura realidade e percepção.
Lula enfrenta o desafio de controlar os preços e a narrativa pública ao mesmo tempo. O resultado dessa disputa ainda está em aberto.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...