Luiz Inácio Lula da Silva demitiu mais uma mulher de seu ministério, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, nesta terça-feira, 25 de fevereiro de 2025. A decisão foi anunciada após meses de especulações e pressões políticas, marcando a saída de mais uma figura feminina do primeiro escalão do governo. Nísia, que assumiu a pasta em janeiro de 2023, será substituída por Alexandre Padilha, atual ministro das Relações Institucionais e aliado próximo de Lula.
Essa é a quarta demissão de uma mulher em cargos de destaque no governo Lula desde o início do mandato. Anteriormente, Daniela Carneiro deixou o Ministério do Turismo em julho de 2023, substituída por Celso Sabino; Ana Moser saiu do Ministério do Esporte em setembro de 2023, dando lugar a André Fufuca; e Rita Serrano foi exonerada da presidência da Caixa Econômica Federal em outubro de 2023, com Carlos Antônio Vieira Fernandes assumindo o posto. Em todos os casos, as mulheres foram substituídas por homens, reduzindo a presença feminina no alto escalão.
Nísia Trindade, ex-presidente da Fiocruz e respeitada no meio acadêmico, enfrentou desafios como a epidemia de dengue em 2024 e críticas por suposta falta de articulação política com o Congresso. Apesar disso, ela foi elogiada por sua gestão técnica e por ações como a retomada de programas de vacinação. Sua saída é vista como parte de uma reforma ministerial para acomodar interesses do Centrão, especialmente do PP, que indicará o novo ministro das Relações Institucionais após a transferência de Padilha.
O governo Lula começou com um recorde de 11 ministras entre 37 pastas, mas, com a saída de Nísia, agora conta com 9 mulheres em 38 ministérios, uma queda de 29% para 23% de representatividade feminina. A troca reflete negociações políticas para ampliar a base aliada no Congresso, liderada por figuras como Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara, que tem influência nas nomeações.
A demissão ocorre em um momento de baixa popularidade de Lula, com a pesquisa CNT/MDA de 25 de fevereiro indicando aprovação de 40,5% e desaprovação de 55,3%.
As mudanças no ministério são parte de um esforço para ajustar a gestão e responder às demandas políticas, mas a substituição de mais uma mulher por um homem reacende debates sobre o compromisso do governo com a diversidade de gênero prometida na campanha de 2022.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...