O Partido da Causa Operária (PCO) voltou a elevar o tom das críticas contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em uma série de declarações recentes que refletem sua postura contrária às ações do Judiciário brasileiro, especialmente no que diz respeito às decisões de Moraes. O partido, liderado por Rui Costa Pimenta, tem se posicionado de forma contundente contra o que considera violações à liberdade de expressão e abusos de poder por parte do ministro.
Em 22 de novembro de 2024, após a Polícia Federal enviar a Moraes um inquérito que indiciava 37 pessoas, incluindo Jair Bolsonaro, por suposta tentativa de golpe de Estado, o PCO publicou críticas nas redes sociais e em seu site, o Diário Causa Operária. Rui Costa Pimenta afirmou que Moraes estaria criando o "crime de opinião" e o "crime de pensamento", acusando-o de liderar uma "política de ditadura". Ele questionou a existência de um golpe real, dizendo: “Não aconteceu nada. Eu não estou negando que eles quisessem dar um golpe; estou negando que esse golpe tivesse algum fundo de realidade.”
O partido também criticou a atuação de Moraes em relação aos militares, afirmando que as Forças Armadas brasileiras são historicamente golpistas, mas que as acusações contra os indiciados carecem de provas concretas de ações efetivas. “Você vai dar um golpe de Estado e troca mensagem no aplicativo? Eles não fizeram nada, nem compraram armas,” disse Pimenta, reforçando a tese de que as investigações seriam uma perseguição baseada em intenções, não em fatos.
Essa escalada retórica não é nova.
Em agosto de 2024, o PCO já havia reagido à decisão de Moraes de suspender a rede social X no Brasil, chamando-a de "ditatorial" e prometendo entrar com uma liminar no STF para derrubá-la. Na ocasião, o partido classificou a medida como “totalmente abusiva” e criticou a multa de R$ 50 mil a quem usasse VPNs para acessar a plataforma, convidando advogados a se juntarem à ação por falta de recursos próprios. Embora a liminar não tenha avançado significativamente, o episódio mostra a consistência da posição do PCO contra Moraes.
Mais recentemente, em 2025, o PCO continuou a atacar Moraes em meio às tensões internacionais envolvendo o Congresso dos EUA e decisões como o bloqueio da plataforma Rumble. Embora não haja uma declaração específica do partido sobre esse caso até 28 de fevereiro de 2025, sua linha crítica sugere que enxergariam tais ações como parte de um padrão autoritário do ministro, alinhado ao que chamam de "censura" e "incerteza jurídica". Posts antigos do PCO no X, como um de setembro de 2024, já acusavam Moraes de violar cláusulas pétreas da Constituição, como a liberdade de expressão.
Portanto, o PCO tem subido o tom contra Moraes de forma recorrente, especialmente em momentos de decisões judiciais polêmicas, como as relacionadas ao 8 de janeiro, à regulação de redes sociais e às investigações de golpe. Suas críticas misturam uma rejeição ideológica ao que veem como uma justiça burguesa com uma defesa pragmática de liberdades individuais, mesmo que isso os coloque em alinhamento parcial com adversários históricos, como os bolsonaristas, em alguns temas.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...