O senador Eduardo Girão (Novo-CE) estuda protocolar um pedido de impeachment contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet. O parlamentar alega que Gonet teria sido conivente com supostas ações de coação praticadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, durante a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.
Segundo Girão, o procurador-geral da República não teria interferido diante da pressão exercida sobre Cid, que supostamente teria mudado sua versão após ameaças de prisão a familiares. "A presença de Gonet no episódio levanta questionamentos sobre sua omissão diante de uma possível tortura, conduzida sob pressão do ministro Alexandre de Moraes", afirmou o senador.
A equipe de Girão destaca que as imagens da delação de Cid indicam uma “pressão anormal”, o que poderia comprometer a validade das provas e gerar suspeitas sobre irregularidades no processo.
O senador classifica a postura de Gonet como "cumplicidade com a arbitrariedade judicial", ao não intervir diante do que considera uma coerção.
Além do pedido de impeachment, Girão também criticou a inércia do Senado Federal diante do que chamou de “desmandos judiciais” no país. Ele cobrou providências da Casa para conter supostos abusos do Judiciário, reforçando que o Senado tem a responsabilidade de fiscalizar e punir eventuais afrontas ao ordenamento jurídico.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...