Marcel Van Hattem (Novo-RS), durante uma sessão no Congresso Nacional, questionou diretamente se Hugo Motta (Republicanos-PB), recém-eleito presidente da Câmara dos Deputados, pautaria o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A pergunta de Van Hattem foi feita em um contexto de tensão política, onde ele tentava posicionar-se contra Motta, sugerindo que a eleição de Motta poderia ser uma barreira para a discussão de um possível impeachment.
Van Hattem questionou: "Hugo Motta pautará o impeachment de Lula?" Esta pergunta foi carregada de implicações, já que Van Hattem é conhecido por sua postura crítica ao governo Lula e tem sido um dos defensores de um processo de impeachment contra o presidente. Ele provocou Motta ao insinuar que, por ser apoiado por partidos como o PT e contar com o endosso do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), Motta poderia estar inclinado a não pautar tal processo, mesmo com pedidos de impeachment já protocolados.
Hugo Motta, em sua resposta, não se comprometeu diretamente com a pauta do impeachment, focando-se, ao invés disso, em sua promessa de ser um "deputado presidente", destacando que sua gestão seria baseada no respeito ao plenário e na busca por convergências políticas.
Ele enfatizou a importância de respeitar a vontade da maioria dos deputados e da Constituição, evitando assim uma resposta direta e clara sobre o tema do impeachment.
A declaração de Van Hattem e a subsequente resposta de Motta refletem a dinâmica política complexa dentro da Câmara, onde a eleição para a presidência da Casa não é apenas uma questão de administração interna, mas também um ponto de decisão sobre a direção que a política brasileira pode tomar. A questão do impeachment de Lula é sensível e polarizadora, com implicações significativas para a estabilidade política e governabilidade do país.
A pergunta de Van Hattem também serve para pressionar Motta a se posicionar sobre um tema que pode definir sua gestão, especialmente considerando que ele recebeu apoio de uma ampla coalizão de partidos que inclui tanto aliados quanto adversários do governo Lula. No entanto, a decisão de pautar ou não um impeachment depende de uma série de fatores, incluindo a viabilidade política, a pressão popular e a disposição da base parlamentar, além da vontade do próprio presidente da Câmara.
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