O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) e a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, marcaram presença no bloco de carnaval Suvaco do Cristo, no Rio de Janeiro, em 24 de fevereiro de 2025. Durante a celebração, eles foram gravados cantando uma versão adaptada da música "Vou Chorar", de Jorge Aragão, inserindo o refrão "Sem anistia para o Bolsonaro!" ao final do verso.
O vídeo, que também mostra o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, e sua esposa, Lívia, foi postado por Lindbergh nas redes sociais, com a legenda destacando a rejeição a qualquer anistia para o ex-presidente.
A manifestação ocorreu dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentar, em 18 de fevereiro, uma denúncia contra Jair Bolsonaro, acusando-o de liderar uma tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O Supremo Tribunal Federal (STF), por decisão do ministro Alexandre de Moraes, liberou os vídeos da delação de Mauro Cid em 20 de fevereiro, trazendo à tona detalhes que embasam a acusação. Esse contexto deu peso político ao ato de Lindbergh e Gleisi no carnaval, transformando a festa em palco para uma mensagem clara.
A escolha do refrão "sem anistia" reforça a posição do PT contra qualquer iniciativa que beneficie Bolsonaro ou outros envolvidos nos eventos de 8 de janeiro de 2023. A PGR imputou ao ex-presidente crimes como organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, e o partido busca manter a pressão pública para que o caso siga adiante no STF. O canto no bloco foi uma forma de levar essa pauta ao ambiente carnavalesco, unindo cultura e política.
Lindbergh e Gleisi, figuras centrais no PT, aproveitaram a visibilidade do Suvaco do Cristo, um bloco tradicional do Rio, para ecoar sua mensagem a um público amplo.
A participação de aliados como o reitor da UFRJ mostra o apoio de setores acadêmicos à causa defendida pelo partido. O vídeo rapidamente circulou nas redes, ampliando o alcance da manifestação e reforçando o tom de resistência adotado pelo PT em relação ao ex-presidente.
O episódio reflete a estratégia do PT de manter Bolsonaro no centro do debate político, especialmente enquanto a Primeira Turma do STF analisa a denúncia da PGR. A combinação de um samba conhecido com um recado direto ilustra como o partido utiliza momentos culturais para mobilizar apoiadores e reafirmar sua narrativa, enquanto o processo judicial contra Bolsonaro avança e as manifestações de seus aliados, marcadas para março, se aproximam.
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