O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça tem se destacado como uma voz dissonante dentro da Corte ao contestar as pesadas penas aplicadas aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele argumenta que as condenações, que chegam a 17 anos de prisão, são desproporcionais.
Desde o julgamento do primeiro réu, Mendonça já havia manifestado discordância com o entendimento do Supremo de que os acusados deveriam responder tanto por golpe de Estado quanto por abolição do Estado democrático de Direito. Para ele, o crime de golpe estaria contido no de abolição do Estado democrático, o que impediria a dupla condenação por um único ato. Ainda assim, sua argumentação não foi acolhida, e casos como o do ex-funcionário da companhia de esgotos de São Paulo, Aécio Lúcio Costa, resultaram em penas elevadas.
Nos bastidores, interlocutores do STF avaliam que a preocupação de Mendonça pode ter um desdobramento estratégico. A fixação de penas rigorosas para figuras de menor relevância no episódio pode abrir precedente para que eventuais condenações do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu ex-candidato a vice, Walter Braga Netto, ultrapassem essa marca.
Mendonça já trabalha nos bastidores... Um levante!
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou Bolsonaro, Braga Netto e outras 32 pessoas por crimes como organização criminosa, golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático.
Entre os denunciados, destacam-se militares de alta patente e ex-integrantes do governo, que teriam desempenhado papéis distintos dentro da suposta trama para manter Bolsonaro no poder. Uma ilusão que o sistema tenta transformar em verdade.
Tudo isso ainda pode mudar... Nada como um dia após o outro. Informações Jornal da cidade
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...