Hoje, 28 de fevereiro de 2025, uma reunião na Casa Branca entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, descambou para um bate-boca acalorado, marcando um novo capítulo nas tensões entre os dois líderes. O encontro, que tinha como objetivo oficial a assinatura de um acordo sobre minerais de terras raras, foi televisionado e rapidamente virou um confronto verbal, com Trump acusando Zelensky de ingratidão pelo apoio americano à Ucrânia na guerra contra a Rússia.
Trump abriu a discussão afirmando que Zelensky "não estava nem um pouco grato" pelos bilhões de dólares em ajuda militar e financeira fornecidos pelos EUA desde o início do conflito em 2022. Ele elevou o tom ao dizer: "Você está brincando com a Terceira Guerra Mundial, e eu não acho que você seria durão sem os Estados Unidos". Zelensky, visivelmente irritado, respondeu relembrando os esforços da Ucrânia contra a Rússia desde 2014 e os acordos violados por Putin, defendendo que a diplomacia sozinha não resolveu o problema.
O vice-presidente americano, J.D. Vance, entrou na discussão, acusando Zelensky de "fazer tours de propaganda" e de ter apoiado os democratas nas eleições americanas de 2024, o que intensificou o embate. Zelensky retrucou que Vance nunca esteve na Ucrânia para entender a realidade do conflito, enquanto Trump interrompia, dizendo que o ucraniano tinha "um ódio tremendo" por Putin, dificultando qualquer negociação. O clima azedou tanto que Trump cancelou uma coletiva de imprensa prevista com Zelensky, afirmando em redes sociais que ele "não estava pronto para a paz" e que poderia "voltar quando estivesse".
O pano de fundo desse confronto é a pressão de Trump para encerrar rapidamente a guerra russo-ucraniana, iniciada com a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022. Desde sua posse em janeiro de 2025, Trump tem adotado uma postura crítica à Ucrânia, excluindo-a de negociações iniciais com a Rússia em Riade, em 18 de fevereiro, e sugerindo que o país deveria ceder territórios ou realizar eleições, apesar da lei marcial em vigor. Zelensky, por sua vez, insiste em segurança e soberania como condições para qualquer acordo.
A troca de farpas foi amplamente comentada. Republicanos como o deputado Don Bacon criticaram Trump por "falar de cima para baixo" com um líder estrangeiro na Casa Branca, enquanto aliados como Elon Musk apoiaram o presidente, dizendo que Zelensky "se destruiu aos olhos do povo americano". Na Ucrânia, o episódio chocou observadores, com temores de que isso sinalize um abandono dos EUA, principal aliado de Kiev, em um momento crítico do conflito.
Até o fim deste dia, não está claro se o acordo de minerais será assinado ou se a visita de Zelensky será interrompida. O bate-boca expôs a fragilidade das relações entre os dois países sob a nova administração Trump, que parece disposta a priorizar um entendimento com a Rússia, mesmo às custas da posição ucraniana. O desfecho dessa crise diplomática pode redefinir o apoio americano à Ucrânia nos próximos meses.
Trump e Zelensky batem boca durante encontro no Salão Oval. “Você não está numa posição boa agora”, disse o presidente americano ao ucraniano. “Você está apostando em uma Terceira Guerra Mundial.”
— GloboNews (@GloboNews) February 28, 2025
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