Em 25 de fevereiro de 2025, Elon Musk, empresário e dono da rede social X, fez uma declaração pública questionando se o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estaria tentando esconder bens nos Estados Unidos. Musk perguntou diretamente: "De Moraes não possui propriedades na América?" e, em seguida, ao comentar uma informação de que Moraes teria retirado dinheiro dos EUA, afirmou: "Parece que ele está tentando esconder seus bens".
Essas declarações foram feitas por meio de postagens na plataforma X, reacendendo tensões entre o bilionário e o magistrado brasileiro.
O contexto dessa acusação remonta a um histórico de embates entre Musk e Moraes, especialmente após decisões judiciais do ministro que afetaram operações de empresas de Musk no Brasil. Em 19 de fevereiro de 2025, Moraes ordenou que a Rumble, plataforma de vídeos apoiada por Musk, nomeasse um representante legal no Brasil em 48 horas, sob pena de suspensão, medida que acabou sendo efetivada em 21 de fevereiro por descumprimento. Além disso, a suspensão do X no Brasil em 2024, devido a disputas sobre moderação de conteúdo, já havia colocado os dois em rota de colisão.
Não há, até o momento, nenhuma evidência concreta ou oficial apresentada por Musk que sustente a alegação de que Moraes possui bens nos EUA ou que estaria tentando ocultá-los. A declaração parece ser uma provocação alinhada à postura de Musk de desafiar publicamente o Judiciário brasileiro, como já fez em outras ocasiões, chamando Moraes de "ditador" e questionando suas decisões. O STF e Moraes não comentaram diretamente as afirmações de Musk até esta data, 25 de fevereiro de 2025, às 10:33 -03.
A reação de Musk coincide com ações legais que ele moveu nos EUA contra Moraes.
Em 22 de fevereiro, a Rumble e a Truth Social, rede ligada a Donald Trump, pediram uma liminar em um tribunal da Flórida para bloquear ordens do ministro, alegando que elas violam a soberania americana e a liberdade de expressão. Esse movimento sugere que Musk está buscando ampliar o escrutínio sobre Moraes fora do Brasil, embora suas acusações sobre bens nos EUA permaneçam, por ora, no campo da especulação.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...