Chris Pavlovski, CEO da Rumble, enviou um recado direto ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, em 25 de fevereiro de 2025. Em uma mensagem no X, ele afirmou que Moraes perdeu uma batalha judicial nos Estados Unidos contra a plataforma. Pavlovski celebrou a decisão de um tribunal federal americano que declarou as ordens do ministro inválidas. Ele ironizou Moraes, dizendo que o enfrentará novamente em tribunal "se ele decidir aparecer".
A declaração veio após um tribunal distrital da Flórida negar uma liminar da Rumble e da Trump Media contra Moraes, mas com uma ressalva crucial. A juíza federal Kathryn Kimball Mizelle determinou que as ordens do STF não seguiram tratados internacionais e, portanto, não obrigam as empresas americanas a cumpri-las. Isso valida a posição de Pavlovski de que as decisões de Moraes são inócuas nos EUA. O CEO usou o fato para reforçar seu desafio ao ministro brasileiro.
Pavlovski destacou uma troca anterior com Moraes, lembrando que o ministro o chamou de criminoso por criticar suas ordens secretas.
Ele acusou Moraes de tentar censurar a Rumble, que se recusa a bloquear contas como a do jornalista Allan dos Santos. A decisão americana, segundo o CEO, prova que ele estava certo ao chamar essas demandas de ilegais. Sua mensagem é um ataque aberto à autoridade de Moraes fora do Brasil.
O contexto da disputa remonta a 19 de fevereiro, quando Rumble e Trump Media processaram Moraes por suposta violação da soberania americana.
Após Moraes suspender a Rumble no Brasil em 21 de fevereiro, as empresas buscaram proteção nos EUA. A sentença de 25 de fevereiro não impede o bloqueio no Brasil, mas protege a operação americana da plataforma. Pavlovski vê isso como uma vitória contra o que chama de abuso judicial.
A Rumble, que fornece serviços à Truth Social de Donald Trump, mantém uma postura firme contra as decisões do STF. Pavlovski já havia dito em 20 de fevereiro que não cumpriria "ordens ilegais" de Moraes, prometendo enfrentá-lo nos tribunais.
A recente decisão nos EUA fortalece sua narrativa de resistência à jurisdição brasileira. Ele usa o caso para posicionar a Rumble como defensora da liberdade de expressão.
A provocação final de Pavlovski, "se você decidir aparecer", sugere dúvidas sobre a disposição de Moraes para responder nos EUA. O CEO aposta que o ministro não terá como impor suas ordens em solo americano sem apoio do governo dos EUA.
O embate segue em aberto, com a Rumble explorando novas ações legais contra Moraes. O recado é um sinal de que a briga judicial está longe de acabar.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...