Nesta sexta-feira (21), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou Pleno.News sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) que o acusa de participar de um suposto plano de golpe de Estado.
O jornalista Marcos Melo esteve em Brasília e conseguiu a primeira entrevista com o presidente de honra do Partido Liberal após a denúncia que movimentou o cenário político brasileiro.
Ao ser questionado sobre a decisão do procurador-geral, Paulo Gonet, de enviar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a denúncia, Bolsonaro expressou sua opinião de que não há elementos suficientes para condená-lo.
– A gente sabe o que acontece em Brasília, o que está em jogo. Essa história de golpe não vai pra frente. Não se sustenta em lugar nenhum – afirmou.
E continuou:
– Ele [Gonet] conseguiu piorar o inquérito da Polícia Federal. Não liga nada com nada. E na trama dele, de envolver nisso tudo, me bota no 8 de janeiro, eu estava nos Estados Unidos desde o dia 30 de dezembro (…) Que tentativa de golpe é essa?
O líder da direita ainda citou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, em 2023, de multar o Partido Liberal em R$ 22 milhões por pedir a verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições.
Bolsonaro também negou que exista uma minuta de golpe e que qualquer decisão que ele tomasse, para impedir a posse de Lula, aconteceria dentro do que rege a Constituição.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...