O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a suspensão da plataforma Rumble no Brasil em 21 de fevereiro de 2025. A decisão foi motivada pela recusa da empresa em cumprir ordens judiciais, como nomear um representante legal. No dia seguinte, 22 de fevereiro, Moraes retirou o sigilo do processo contra o jornalista Allan dos Santos. Os documentos revelam detalhes das investigações sobre suas atividades.
Allan dos Santos, jornalista que reside nos Estados Unidos, é alvo de pedidos de prisão no Brasil desde 2021. Ele é investigado por suposta participação em organização criminosa e disseminação de conteúdos contra o STF. Os arquivos liberados mostram tentativas do governo brasileiro de extraditá-lo desde 2022. Há solicitações de cooperação enviadas à Interpol e às autoridades americanas.
A suspensão do Rumble está ligada à negativa da plataforma em bloquear a conta do jornalista Allan dos Santos.
Moraes havia determinado a remoção do perfil e o corte de repasses financeiros a ele em 9 de fevereiro. O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, declarou que não acataria as ordens, resultando no bloqueio da plataforma. A Anatel foi acionada para interromper o acesso no Brasil.
Os documentos agora públicos indicam que o jornalista Allan dos Santos utiliza plataformas como a Rumble para continuar seu trabalho. A Polícia Federal aponta que ele segue publicando conteúdos contra o STF e autoridades brasileiras, mesmo estando fora do país. O processo lista crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa.
Isso mantém o foco de Moraes em suas ações digitais.
A decisão de tirar o sigilo veio após a suspensão do Rumble, em meio a tensões com empresas de tecnologia. A Rumble, apoiada por Donald Trump, abriu um processo contra Moraes nos EUA em 19 de fevereiro. Pavlovski defende que as ordens do STF não têm validade fora do Brasil. O caso reflete um embate entre jurisdições e plataformas online.
O ex-desembargador Sebastião Coelho foi detido nesta terça-feira, 25, no Supremo Tribunal Federal (STF), em flagrante delito, sob acusação de desacato e ofensas ao tribunal. A prisão foi determinada pelo presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, que também ordenou a lavratura de boletim de ocorrência. Coelho, que é advogado de Filipe Martins, ex-assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, tentou ingressar na 1ª Turma do STF para acompanhar o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Em um vídeo gravado pelo próprio Coelho, é possível vê-lo na porta do colegiado, alegando que foi impedido de entrar, apesar de afirmar que havia lugares vagos disponíveis. O STF rebateu e emitiu uma nota oficial alegando que Coelho não se cadastrou previamente para participar da sessão. Advogado de Filipe Martins, o desembargador Sebastião Coelho foi barrado na entrada do plenário da Primeira Turma do STF 🚨🚨🚨🚨 pic.twitter.com/EGaPuYyjam — Claudio Dantas (...