Alexandre de Moraes dobra a aposta, mas desta vez pode perder o jogo. Acostumado a agir com punho de ferro, perseguir opositores e calar vozes dissidentes no Brasil, o ministro do STF tentou expandir sua censura para o mundo. Mas desta vez, se lançou contra o bastião impenetrável da liberdade – e pode ter assinado sua própria ruína.
Primeiro, Moraes multou o X em R$ 8 milhões por se recusar a entregar dados de Allan dos Santos. Elon Musk ignorou e, como já deixou claro outras vezes, não vai se curvar a tiranos togados. Mas o ataque também veio do Rumble, que recebeu mais uma ordem judicial ilegal e sigilosa. Só que, ao contrário da intimidação que funciona no Brasil, o CEO da plataforma, Chris Pavlovski, não hesitou em desafiar Moraes publicamente:
“Você não tem autoridade sobre o Rumble aqui nos EUA, a menos que passe pelo governo dos Estados Unidos. Repito — nos vemos no tribunal.”
A mensagem foi clara: Moraes pode controlar o Brasil, mas nos Estados Unidos, ele não manda.
Agora, o ministro do STF começa a enfrentar seu maior pesadelo: um tribunal americano pronto para expor suas manobras autoritárias ao mundo. Se perder essa batalha, suas ordens não apenas serão desmoralizadas, mas seu nome ficará marcado na história como o juiz que tentou sufocar a liberdade, abusou do poder sem limites – e, no fim, caiu sob o peso de sua própria tirania.
Moraes dobrou a aposta, mas desta vez, pode ser ele quem acabará derrotado. É guerra.
Karina Michelin. Jornalista. Jornal da cidade
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...