Pesquisas recentes indicam uma tendência de "queda livre" na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente após o início de 2024. Levantamentos feitos por diferentes institutos, como Ipec, AtlasIntel e Genial/Quaest, mostraram uma diminuição na aprovação do governo. Lula, que entrou em 2023 com uma avaliação positiva de 42%, viu essa taxa cair para 38% em março de 2024, enquanto a rejeição ao seu governo aumentou de 39% para 41% no mesmo período.
Dois dados fundamentais têm sido particularmente alarmantes para o governo de Lula. O primeiro é a perda de apoio entre os evangélicos, um grupo demográfico significativo no Brasil. Pesquisas revelam um salto na avaliação negativa do governo Lula entre esse público, de 36% em dezembro para 48% em março de 2024. Esse movimento pode ser relacionado às posições do governo sobre questões internacionais, como as declarações sobre Israel, que encontraram resistência nesse segmento da população.
O segundo dado que aterroriza Lula é a crescente insatisfação com a economia. Apesar de alguns acertos e dados positivos observados no final de 2023, os brasileiros ainda não sentem os efeitos dessas melhorias em seu dia a dia. A percepção da economia continua negativa para muitos, com a inflação e o aumento dos custos de vida preocupando a população. Isso se reflete na avaliação geral do governo, que caiu significativamente no Nordeste, tradicional reduto petista, onde a avaliação "ótimo" diminuiu de 24,6% em janeiro para 14,8% em maio de 2024.
A situação econômica, juntamente com a polarização política que se mantém intensa, tem contribuído para um cenário onde a aprovação de Lula não se recupera. A polarização mantém a avaliação do governo relativamente estável, mas para baixo, já que os efeitos positivos da economia não chegam rapidamente "na ponta", afetando a percepção dos cidadãos. Isso é agravado pela sensação de que o governo falhou em áreas cruciais como a segurança pública, que tem sido um ponto frágil e frequentemente criticado.
Além disso, postagens em redes sociais refletem um sentimento de desilusão entre os brasileiros, com muitos ecoando a ideia de que a popularidade de Lula está em declínio. Essa percepção de queda livre pode ter consequências significativas para o governo, especialmente considerando as próximas eleições municipais e o cenário de 2026. A oposição tem usado esses dados para criticar Lula, apontando os motivos pelos quais sua aprovação cai rapidamente.
