Edmundo González Urrutia, líder opositor venezuelano reconhecido por alguns países como o vencedor legítimo das eleições presidenciais de julho de 2024, se encontrou com o presidente argentino Javier Milei na Casa Rosada em Buenos Aires, na manhã do dia 4 de janeiro de 2025. Durante este encontro, González reafirmou sua intenção de retornar à Venezuela para tomar posse como presidente em 10 de janeiro, data marcada para a posse presidencial.
Ele fez essas declarações em um vídeo que foi amplamente compartilhado nas redes sociais, onde também expressou seu compromisso de ir a Caracas "por qualquer meio".
No vídeo, González agradece o apoio de Milei e critica o governo de Nicolás Maduro, declarando que, apesar das ameaças de prisão e de uma recompensa oferecida pelas autoridades venezuelanas por informações sobre seu paradeiro, ele planeja estar presente para assumir o cargo. Ele destaca a importância deste encontro como parte de uma "turnê latino-americana" para buscar apoio internacional para sua causa.
Javier Milei, conhecido por sua postura crítica ao governo de Maduro, recebeu González com entusiasmo, chamando-o de "presidente eleito" e reforçando que a Argentina não será cúmplice do silêncio frente às injustiças e abusos do regime venezuelano. O encontro foi marcado por discursos em defesa da liberdade e da democracia na Venezuela, com Milei declarando que a Argentina está fazendo o que "a causa da liberdade exige".
Posts na plataforma X e reportagens de veículos como a CNN Brasil e a Gazeta do Povo destacaram a reunião, mostrando imagens do evento e discutindo as implicações políticas dessa aliança.
A presença de González na Argentina e sua subsequente viagem para o Uruguai para se encontrar com o presidente Luis Lacalle Pou evidencia uma estratégia de consolidação de apoio internacional, especialmente entre líderes de direita da região.
A situação na Venezuela é complexa, com Maduro reivindicando a vitória nas eleições e preparando-se para tomar posse para um terceiro mandato consecutivo. No entanto, a oposição, liderada por figuras como González e María Corina Machado, argumenta que houve fraude eleitoral, apresentando atas que sugerem uma vitória esmagadora de González. A comunidade internacional está dividida, com alguns países não reconhecendo a reeleição de Maduro e apoiando a causa de González.
Em resumo, o encontro entre González e Milei não apenas reforça a posição de González como líder da oposição venezuelana mas também coloca a Argentina claramente no campo dos que apoiam o movimento pela mudança democrática na Venezuela, aumentando a pressão internacional sobre Maduro.
🚨URGENTE - Edmundo González diz que estará na Venezuela para tomar posse por qualquer meio que seja necessário!
— SPACE LIBERDADE (@NewsLiberdade) January 4, 2025
“Por qualquer meio que seja, vou estar lá!” pic.twitter.com/wqdTo4vvqR