Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, afirmou que Donald Trump "despachou pessoalmente" um convite para que seu pai participasse da cerimônia de posse do presidente americano, marcada para 20 de janeiro de 2025. Esta declaração foi feita em resposta à exigência do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que pediu provas de que Jair Bolsonaro foi formalmente convidado para o evento.
Eduardo Bolsonaro utilizou suas redes sociais para rebater a decisão de Moraes, que exigia evidências do convite. De acordo com Eduardo, o convite foi enviado via e-mail para seu endereço, mas ele garantiu que a decisão de convidar Bolsonaro foi tomada pessoalmente por Trump. Esta afirmação foi feita em meio a uma disputa judicial, já que Jair Bolsonaro teve seu passaporte apreendido em fevereiro de 2024, em investigações sobre suposta tentativa de golpe de Estado.
O convite mencionado por Eduardo foi parte de uma solicitação da defesa de Jair Bolsonaro para a liberação de seu passaporte, a fim de permitir sua viagem aos Estados Unidos para a posse de Trump.
No entanto, o ministro Alexandre de Moraes argumentou que o pedido não foi acompanhado dos documentos necessários para comprovar o convite, especificamente questionando a autenticidade do e-mail recebido por Eduardo Bolsonaro.
A defesa de Jair Bolsonaro apresentou, entre outros documentos, uma cópia de um e-mail enviado de um endereço não identificado, que convidava tanto Bolsonaro quanto um acompanhante para a cerimônia. A decisão de Moraes foi baseada na necessidade de uma comprovação oficial e clara do convite, já que o e-mail não especificava horário ou programação do evento.
O filho do ex-presidente expressou insatisfação devido ao fato de que a mídia foi informada antes dos advogados de seu pai sobre a decisão de Moraes. Ele também reprovou a apreensão do passaporte de Bolsonaro por causa de um “suposto golpe sem armas, sem tiro, sem nada, só com senhoras”.
“O presidente Bolsonaro retornou dos Estados Unidos [em 2023], foi à Argentina, na posse do [Javier] Milei, retornou e não deu nenhum indício de que estaria disposto a sair do país, muito pelo contrário”, seguiu o deputado.
Ao responder a reclamação de Moraes de que o pedido de Bolsonaro para liberar o passaporte foi feito sem a apresentação dos documentos necessários, Eduardo disse:
“Quais são os documentos necessários? Será que é necessário vir num envelope especial, no papel de cartolina, algum detalhe suntuoso? Ou assinado de próprio punho do presidente eleito Donald Trump? Um vídeo?”
