O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a assinar um decreto que ajustará o salário mínimo para 2025, mas a nova fórmula de correção levará a uma redução de R$ 10 no ganho mensal dos trabalhadores. Segundo informações disponíveis na web, o salário mínimo deve aumentar para R$ 1.518, considerando a inflação medida pelo INPC e a variação do PIB de dois anos antes.
No entanto, se fosse mantido o critério anterior, sem o teto de 2,5% de aumento real, o valor do salário mínimo poderia chegar a R$ 1.528. Isso significa que, com a nova regra, os trabalhadores sofrerão uma perda mensal de R$ 10 em comparação com o que seria esperado antes da mudança.
Esta perda é resultado de um pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso, que inclui medidas para reduzir despesas obrigatórias do governo federal. De acordo com cálculos do governo, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera uma despesa adicional de aproximadamente R$ 392 milhões, o que explica a necessidade de contenção dos gastos.
O novo valor do salário mínimo também impacta diretamente as aposentadorias e benefícios previdenciários, resultando em uma economia estimada de cerca de R$ 4 bilhões em 2025. Os posts encontrados em X têm refletido um debate acalorado sobre a medida. Alguns usuários expressam frustração com a redução do poder de compra, enquanto outros reconhecem a necessidade de medidas fiscais para equilibrar as contas públicas. A discussão também abrange a influência desta política sobre a economia em geral, considerando que o salário mínimo serve de referência para 59,3 milhões de pessoas no Brasil, afetando diretamente o consumo e, por consequência, o crescimento econômico.
A decisão, embora mantenha um aumento nominal acima da inflação, indica uma mudança na política de valorização do salário mínimo, que vinha sendo uma bandeira do governo Lula. A redução no aumento real pode ter implicações negativas para o poder de compra dos trabalhadores, especialmente em um contexto onde o custo de vida continua elevado. No entanto, o governo argumenta que essa medida é essencial para a sustentabilidade fiscal do país.
Especialistas, como os do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apontam que a restrição ao aumento real do salário mínimo pode influenciar negativamente o consumo interno, um dos motores da economia brasileira.
A perda de R$ 10 mensais por trabalhador, quando multiplicada pelo número de pessoas afetadas, representa uma diminuição significativa no poder de compra coletivo.
Finalmente, a implementação deste decreto e sua repercussão no mercado de trabalho e na economia serão monitoradas de perto, com expectativas de que o governo possa rever ou compensar esta perda em políticas futuras ou através de outras medidas econômicas para mitigar o impacto sobre os trabalhadores de baixa renda.
