Testemunha complica a situação de Glauber Braga, que é desmascarado e segue rumo a cassação (veja o vídeo)
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados se reuniu para avançar no processo de quebra de decoro parlamentar contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ). Em discussão está o incidente de 16 de abril, quando o deputado foi flagrado em imagens empurrando e chutando o militante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, durante uma manifestação na Câmara.
O confronto ocorreu enquanto os deputados debatiam o Projeto de Lei 12/24, que trata da regulamentação de motoristas de aplicativo.
O relator do processo, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), ouviu quatro testemunhas para esclarecer o episódio e avaliar se Braga violou as normas de conduta da Casa. A representação, de autoria do Partido Novo, inclui gravações que mostram a sequência de agressões por parte de Braga, que teria continuado com os ataques mesmo após a intervenção da Polícia Legislativa.
Durante a reunião do Conselho, as testemunhas foram ouvidas e, segundo fontes próximas, o ambiente foi amplamente desfavorável para Braga. A postura agressiva do deputado reforçou as acusações de quebra de decoro, e parlamentares já consideram provável sua cassação, especialmente devido à gravidade do comportamento durante uma sessão oficial.
Nos bastidores, aliados e adversários avaliam que o comportamento de Braga cruzou uma linha que a Câmara considera inaceitável, especialmente por se tratar de um caso de violência física em um espaço que deveria primar pelo debate democrático.
A cassação, que já era cogitada, parece ganhar força no Conselho, onde o clima é de insatisfação diante do ocorrido.
Esse episódio coloca em evidência a necessidade de discutir os limites do decoro na Câmara e a maneira como os parlamentares lidam com manifestantes, mesmo em contextos tensos. O desfecho desse processo será acompanhado de perto, pois poderá estabelecer um novo padrão de responsabilização para comportamentos agressivos no Parlamento.