O caso de Marcel Van Hattem é mais um exemplo preocupante do uso questionável de investigações e processos contra adversários políticos. O deputado exerceu seu direito de liberdade de expressão e imunidade parlamentar para criticar ações da Polícia Federal e do Judiciário, algo inerente à função de um parlamentar em um regime democrático. A tentativa de criminalizar sua fala abre um perigoso precedente para a censura política e o enfraquecimento do Parlamento como instituição.
Van Hattem tocou em pontos sensíveis, como a condução de inquéritos controversos e as prisões de figuras ligadas ao bolsonarismo, denunciando o que considera abusos de autoridade. Suas críticas, especialmente ao delegado Fábio Shor e ao ministro Alexandre de Moraes, refletem um sentimento crescente em setores da sociedade sobre o desequilíbrio entre os Poderes e a concentração de poder no STF. É legítimo que parlamentares questionem tais ações, ainda mais em um momento de evidente polarização política.
A Polícia Federal aponta calúnia e ofensa à dignidade profissional no discurso do deputado, mas ignora o contexto: trata-se de uma crítica política em plenário, protegida pela imunidade parlamentar. Essa proteção não é um privilégio, mas uma salvaguarda essencial para que deputados e senadores possam desempenhar suas funções sem medo de retaliação por parte de outros Poderes.
O encaminhamento do relatório ao ministro Flávio Dino agrava a percepção de parcialidade no caso, considerando sua proximidade com o governo Lula. Além disso, Dino tem sido alvo de críticas por sua atuação polêmica no Ministério da Justiça, onde parece priorizar investigações contra adversários políticos enquanto ignora denúncias contra aliados.
A conclamação de Van Hattem para que parlamentares de todas as ideologias defendam o Estado de Direito e a democracia merece atenção. A perseguição a opositores não deve ser normalizada, independentemente de quem esteja no poder. Uma democracia saudável depende da pluralidade de vozes e do respeito às instituições, sem que uma delas se sobreponha às demais.
Esse caso expõe mais uma vez a fragilidade da segurança jurídica e institucional no Brasil. É crucial que o Legislativo reaja a essa tentativa de silenciamento, reafirmando sua independência e o direito de seus membros de expressarem opiniões, mesmo que críticas, sem o temor de perseguições ou represálias.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado...