Marina fala em ‘trabalhar dobrado’ pelo clima com Trump no poder mas esquece o desastre ambiental no desgoverno Lula
A preocupação de Marina Silva com a vitória de Donald Trump e seus impactos na política ambiental global é compreensível, especialmente considerando as posturas que Trump adotou durante seu primeiro mandato. Ao defender a exploração de petróleo e criticar políticas ambientais mais restritivas, como os Acordos de Paris, Trump tem sinalizado uma ênfase no crescimento econômico com foco na energia tradicional, o que pode gerar um retrocesso nas iniciativas ambientais globais.
A questão central que Marina levanta é sobre a responsabilidade dos Estados Unidos no combate às mudanças climáticas, especialmente em um cenário onde o país poderia adotar uma postura isolacionista em relação aos acordos internacionais. A retirada dos EUA do Acordo de Paris, que ocorreu sob Trump, foi um golpe significativo nos esforços globais para limitar o aquecimento global e reduzir as emissões de carbono. Embora Joe Biden tenha revertido essa decisão, a possível volta de Trump à presidência gera incertezas sobre a continuidade dos compromissos dos EUA com o clima.
Além disso, a ministra destaca um ponto crucial: a intersecção entre as questões ambientais e econômicas.
A pressão para que os países invistam em tecnologias mais limpas e menos intensivas em carbono pode gerar tensões, especialmente em economias que ainda dependem fortemente dos combustíveis fósseis. O receio de que a política ambiental de Trump, focada na maximização do uso de recursos naturais, prejudique as inovações verdes e a competitividade econômica é uma preocupação legítima para aqueles que defendem a transição para uma economia mais sustentável.
No entanto, é importante notar que a visão de Trump e seus apoiadores sobre o uso responsável dos recursos naturais também é uma tentativa de equilibrar as necessidades ambientais com os interesses econômicos e de segurança nacional dos EUA.
Embora isso seja visto por muitos como um retrocesso para os esforços globais de combate às mudanças climáticas, há quem defenda que uma abordagem mais centrada na maximização dos recursos pode ser vantajosa para os Estados Unidos em termos de autossuficiência energética e preservação de empregos no setor.
A disputa entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental continuará a ser um tema central na política internacional.
Para países como o Brasil, que têm se esforçado para manter compromissos ambientais enquanto lidam com desafios internos, o retorno de uma administração Trump pode significar uma aceleração das disputas globais sobre quem deve liderar a agenda ambiental e como equilibrar interesses econômicos e ecológicos.