Na última quinta-feira (21), a Rede Globo criou grande expectativa para uma edição especial do Jornal Nacional, na qual abordaria o plano que resultou no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Polícia Federal, sob suspeita de envolvimento em uma “possível tentativa de golpe de Estado”. Apesar do alarde, os números de audiência demonstraram que o público rejeitou a narrativa apresentada fazendo o jornal despencar a audiência.
A edição foi até apelidada por influenciadores de esquerda ligados ao governo como a “Edição do Colecionador”. Blogs e perfis de fofocas nas redes sociais tentaram amplificaram a promoção do jornal, fazendo com que o termo Jornal Nacional, Plantão da Globo e Jair Bolsonaro figurassem entre os primeiros lugares nos Trending Topics do Twitter. Para aumentar a expectativa, a Globo intensificou chamadas na TV e publicou um vídeo promocional de tom “teatral e sensacionalista” mas pegou tão mal que a emissora foi obrigada a deletar das redes devido ao alto número de comentários negativos até de pessoas ligadas a esquerda, “É jornalismo ou Novela?”, “Odeio o Bolsonaro mas este teatro está ridículo nem o telefone está na orelha” afirmava os comentários na postagem deleta, a estratégia da Globo e o barulho gerado para atrair mais espectadores, parece ter tido efeito contrário e acabou afastado o grande público da TV.
Na quarta-feira anterior (20), o Jornal Nacional tinha registrou uma média de 23,2 pontos no Ibope. Já na quinta-feira (21), com a exibição da tal “Edição do Colecionador”, a audiência caiu para 22,1 pontos. Considerando que um ponto de audiência equivale a cerca de 73.280 domicílios somente na Grande São Paulo, milhares de espectadores abandonaram o programa, aparentemente por conta do espaço dedicado ao caso Bolsonaro. Foram “curiosos 13 longos minutos“ de explicações detalhadas sobre a suposta trama, que não convenceu boa parte do público.
Outro ponto que chamou atenção e frustrou o público que esperava para fazer cortes para as redes, foi a ausência de William Bonner na primeira fala da abertura do jornal, uma função que coube à jornalista Ana Luiza Guimarães. A escolha incomum, somada ao tom insistente sobre o caso, e narrativas repetitivas podem ter contribuído para o declínio da audiência.
Como se a derrota no Jornal Nacional não bastasse, o Fantástico deste domingo também enfrentou um dos piores desempenhos de 2024, no domingo (24). A revista eletrônica, que dedicou mais “16 minutos” para “reforçar” a narrativa da tal trama golpista e tentar ligá-la a Bolsonaro, mas registrou apenas 13,6 pontos de audiência em São Paulo, bem abaixo dos 15,8 pontos alcançados no domingo anterior (17). A queda de mais de 2 pontos representa uma perda de mais de 200 mil espectadores só na grande São Paulo, que é a principal praça de medição da Kantar Ibope Media responsável pelo Ibope.
A principal matéria do Fantástico foi a divulgação de áudios da investigação obtidos com “exclusividade pelo Fantástico” supostamente comprometedores de militares ligados ao plano golpista, supostamente criado para impedir a posse de Lula. porém mais uma vez o público parece ter reagido com desinteresse e fez o fantástico amargar a pior audiência do Ano de 2024.
Os números acendem um alerta para a credibilidade da Globo, uma vez que grande parte dos espectadores parece rejeitar a abordagem insistente da emissora contra o ex-presidente. O público, ao que tudo indica, desconfia da narrativa e opta por buscar outras fontes de informação principalmente pela internet, deixando claro o desgaste da linha editorial adotada pelo jornalismo da principal emissora do país cada dia perde o poder de dominar a narrativa.
Fonte: BradoJornal
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
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