Na última quinta-feira (21), um vídeo publicado nas redes sociais do Jornal Nacional gerou polêmica ao mostrar jornalistas encenando os bastidores da produção do telejornal no dia do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outras 36 pessoas. Eles são investigados por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A gravação, que tinha um tom dramatizado, exibia jornalistas como Vladimir Netto, Delis Ortiz e outros membros da equipe simulando conversas e atividades na redação. As falas pareciam ensaiadas, o que levou internautas a criticarem a falta de naturalidade e a acusarem a emissora de teatralizar um assunto sensível.
No início do vídeo, Vladimir Netto, falando ao telefone, afirma:
“Estou abrindo [a reportagem] falando que a PF [Polícia Federal] confirmou que indiciou 37 pessoas pelos crimes de organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado democrático de Direito, beleza?”
A câmera segue pela redação, mostrando colegas envolvidos em etapas como a produção de artes e imagens para o telejornal. Mais adiante, a repórter Delis Ortiz menciona que estava recebendo “várias manifestações” de autoridades dos Três Poderes e orienta outra jornalista a compilar as informações.
A reação nas redes sociais foi majoritariamente negativa, com internautas e críticos apontando que o vídeo parecia transformar a notícia em um espetáculo. Pressionada, a direção da TV Globo retirou o vídeo das plataformas oficiais, mas ele já havia sido amplamente replicado em outras redes.
A emissora se acovardou!
O jornalista que fez esse vídeo contra o Bolsonaro é filho da Miriam Leitão🐽 pic.twitter.com/yEVmGdsp6a
— Paulo Mansur (@paulomansur_) November 24, 2024