A operação “Contragolpe” da Polícia Federal, ocorrida no mesmo período da cúpula do G20, levanta questionamentos legítimos sobre seu timing e motivação política. Jair Bolsonaro, ao criticar a ação como uma "narrativa" para fortalecer a imagem de Lula no cenário internacional, aponta para um padrão frequente nos últimos anos: o uso de operações policiais para fins de impacto midiático e político, especialmente quando envolvem figuras próximas à oposição.
O ex-presidente, em São Miguel dos Milagres, aproveitou para reforçar sua visão de que essas ações são parte de uma estratégia de desvio de foco das dificuldades enfrentadas pelo governo atual. Não é a primeira vez que Bolsonaro critica a politização de instituições como a PF, um tema que ressoa amplamente entre seus apoiadores, que veem nessas investigações uma tentativa de consolidar uma narrativa de fragilidade democrática atribuída aos seus seguidores.
A operação, que prendeu militares e um policial federal, coloca em evidência um possível plano que, segundo as acusações, teria como alvo Lula e Alckmin em 2022. No entanto, a ausência de transparência sobre as provas divulgadas e a coincidência com um evento internacional reforçam a percepção de que o caso é usado para promover o atual governo em detrimento da direita, algo que já se tornou um padrão preocupante.
Enquanto Lula busca protagonismo no G20, é evidente que episódios como este servem para alimentar a polarização política. A realização da operação durante o encontro com líderes como Joe Biden e Xi Jinping pode ser vista como uma tentativa de projetar Lula como um defensor da democracia, mesmo que as investigações ainda estejam longe de conclusões concretas.
A percepção de Bolsonaro de que tais operações são "teatros políticos" ecoa o sentimento de muitos conservadores, que acreditam na instrumentalização do sistema de Justiça contra adversários políticos. Essa visão é reforçada pela falta de equilíbrio nas ações contra opositores e pelo foco desproporcional em casos envolvendo a direita, enquanto escândalos envolvendo aliados do governo Lula são minimizados ou ignorados.
Por fim, a crítica de Bolsonaro também expõe a necessidade de maior fiscalização e controle sobre como operações sensíveis são conduzidas. Em um ambiente político marcado pela desconfiança, é fundamental que investigações sejam realizadas com total imparcialidade e transparência para evitar que sirvam como ferramenta de perseguição política ou de promoção de agendas governamentais.
Mesmo afastado da política ativa, Bolsonaro segue acompanhando os desdobramentos que envolvem antigos aliados e militares investigados. A oposição, por sua vez, já articula formas de explorar politicamente o episódio, enquanto o governo utiliza a operação para reforçar sua narrativa dos atos antidemocráticos.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado...