Até mesmo aliados rejeitam a Guarda Nacional (bolivariana) de Lula

A postura crítica em relação ao governador Fábio Mitidieri é bem fundamentada, especialmente no que diz respeito às perdas salariais dos servidores públicos, que realmente são um problema recorrente, agravado pela inação de governantes anteriores. É importante que o governo atual tome medidas efetivas para reparar esses danos, especialmente considerando a importância dos servidores públicos para a segurança e o bem-estar da sociedade. A participação de Mitidieri na reunião convocada pelo governo federal sobre a PEC da segurança pública também merece atenção. É pertinente sua defesa da autonomia dos estados e a necessidade de legislações que realmente atendam às demandas locais, ao invés de impor soluções centralizadoras que podem desconsiderar as realidades regionais. Isso é um reflexo do entendimento dele, enquanto ex-deputado federal, de que muitas vezes as leis vindas de Brasília são distantes da realidade dos cidadãos.

A indignação expressa por Mitidieri sobre a liberação rápida de criminosos em audiências de custódia é um sentimento compartilhado por muitos, e isso reforça a necessidade de uma reformulação nas políticas de segurança. No entanto, a crítica à PEC proposta por Lula e Lewandowski é válida, uma vez que a verdadeira segurança pública deve vir do fortalecimento das forças locais, e não da criação de estruturas que possam ser interpretadas como uma tentativa de controle do povo, como a Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela.

É fundamental que essa mensagem sobre a importância da autonomia e da responsabilidade no planejamento das políticas de segurança pública ecoe entre os outros governadores e no Congresso Nacional. A segurança não é uma questão ideológica, mas sim um direito básico que deve ser garantido a todos os cidadãos. A proposta de uma Guarda Nacional nos moldes da venezuelana só traz à tona um temor legítimo sobre a direção que o país pode tomar. A busca por soluções práticas e efetivas deve ser o foco, sem abrir mão da soberania dos estados na condução de suas políticas de segurança.

Essa é uma discussão que deve ser tratada com seriedade, e a postura de Fábio Mitidieri pode servir de exemplo para que outros líderes se posicionem contra soluções que não atendem às reais necessidades do Brasil. Que as falas e ações em defesa da autonomia e dos direitos do cidadão prevaleçam nesse debate crucial.