Argentina faz limpa no setor que apoiou Cuba na ONU e choca opositores

Nesta segunda, Gerardo Werthein tomou posse como chanceler da Argentina e solicitou a demissão de todos os secretários que faziam parte da administração de Diana Mondino O presidente da Argentina, Javier Milei, empossou Gerardo Werthein como o novo ministro das Relações Exteriores nesta segunda-feira (4). Conforme esperado pela imprensa local, Werthein solicitou a demissão de todos os secretários e subsecretários que faziam parte da administração anterior, chefiada pela ex-ministra Diana Mondino. A ação tomada pelo recém-nomeado ministro das Relações Exteriores se encontra em um contexto de insatisfação de Milei com o Ministério e seus integrantes. Na semana anterior, o líder da Argentina optou por destituir Mondino depois de ela ter se posicionado a favor da suspensão do embargo dos Estados Unidos a Cuba na Assembleia Geral da ONU. Segundo o jornal argentino Clarín, Werthein pediu o desligamento de diversos altos cargos do departamento, incluindo Eduardo Bustamante, o segundo em comando da chancelaria, que foi nomeado por Mondino apenas duas semanas atrás. Além dele, outros que deixaram suas posições incluem Marcelo Cima, secretário de Comércio Internacional; Paola Di Chiaro, secretária do setor para debates sobre as Malvinas; e Ernesto Gaspari, secretário de Coordenação e Planejamento da Chancelaria.

O pedido de desligamento também foi direcionado aos subsecretários Mariano Vergara (Assuntos Latino-americanos), Marcia Levaggi (Política Exterior), Gabriel Martínez (Negociações Econômicas Internacionais) e Ramiro Velloso (Promoção de Exportações). De acordo com o Clarín, Werthein está se esforçando para “apaziguar” a atmosfera no ministério, após Milei rotular os funcionários do departamento como “traidores da pátria”, por causa de sua posição na ONU. Além das demissões, o Clarín mencionou que o novo ministro das Relações Exteriores também irá considerar o fechamento de algumas representações argentinas em países com atividade diplomática limitada.

Essa opção é parte de uma reestruturação mais ampla do Ministério das Relações Exteriores.