O Partido Republicano, do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, conseguiu maioria no Senado e, segundo projeções, terá também vantagem na Câmara, o que deve garantir alguma tranquilidade para o futuro governo aprovar políticas no Parlamento.
Além disso, Trump encontrará cenário favorável na Suprema Corte do país, graças aos magistrados que indicou no último mandato presidencial, que garantiram maioria conservadora no plenário.
Essa maioria na Suprema Corte tende a se ampliar com as futuras indicações que Trump poderá fazer. A Corte tem nove ministros e, atualmente, seis são conservadores. Com isso, a mais alta Corte do Judiciário dos EUA não será obstáculo para as reformas que o republicano queira fazer.
O Partido Republicano conquistou 51 cadeiras no Senado, que, somadas ao cargo de senador que o vice-presidente dos EUA desempenha no país, garantem 52 vagas na Casa, composta por 100 membros. O governo democrata de Joe Biden conta com maioria na Casa, realidade que agora vai se inverter.
Segundo projeções, os aliados de Trump também têm grandes chances de formar maioria dos assentos na Câmara. Nas eleições deste ano, 435 novos deputados estão sendo eleitos. Os mandatos deles têm duração de dois anos. Durante o governo Biden, a Câmara era de maioria republicana, realidade que deve se repetir. Às 8h, horário de Brasília, o Partido Republicano tinha 206 cadeiras, e o Democrata, 191 — são necessárias 218 para alcançar a maioria.
A última vez que um presidente dos EUA teve cenário institucional tão favorável para governar foi na década de 1960, quando Lyndon Johnson, que era do Partido Democrata, teve o Congresso e a Suprema Corte ao seu lado, e usou isso para aprovar direitos civis e acabar com a segregação racial no país.
Assim como Trump, à epoca, Johnson alcançou a presidência norte-americana vencendo tanto pela maioria dos votos populares quanto pelo total de delegados.
Eleição presidencial
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump foi eleito para se tornar o 47º presidente do país, após quatro anos fora do cargo, segundo projeções da Associated Press (AP) e da CNN.
Ao longo da campanha presidencial, Trump foi vítima de duas tentativas de atentado. A primeiro ocorreu em julho, quando um jovem de 20 anos, usando uma arma semiautomática, abriu fogo contra o comício do republicano. O episódio aconteceu em Buttler, Pensilvânia. Trump levou um tiro de raspão na orelha direita.
Na segunda tentativa, em setembro, agentes do Serviço Secreto encontraram um homem armado nos arbustos do campo de golfe de Trump, em Palm Beach, na Flórida, próximo ao ponto em que o presidente eleito estava jogando. O homem foi preso, e Trump não sofreu nenhum ferimento.
Até as 8h desta quinta-feira (7/11), Trump liderava a corrida com 295 delegados, e a democrata Kamala Harris tinha 226. O número de delegados necessários para se tornar presidente dos EUA é pelo menos 270.
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