O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região condenou a Record a recontratar o jornalista Arnaldo Duran e a pagar uma indenização de R$ 400 mil, devido a uma demissão considerada discriminatória. Duran, diagnosticado com ataxia espinocerebelar tipo 3 (síndrome de Machado-Joseph), alegou que sua dispensa foi motivada por capacitismo.
A doença causa descoordenação motora e rigidez, características que podem ser confundidas com embriaguez ou Parkinson, como ressaltou a juíza Daniela Mori.
A decisão judicial confirmou uma liminar de reintegração do jornalista, permitindo à emissora recorrer, embora a Record ainda não tenha se manifestado oficialmente. A juíza destacou que a demissão de trabalhadores com doenças como a de Duran é presumida discriminatória pela legislação brasileira, a menos que a empresa comprove que a dispensa não está ligada à condição de saúde do funcionário.
A Record alegou que a demissão foi motivada por questões financeiras, argumento que foi rejeitado pela juíza, visto como uma conduta abusiva. Além da reintegração, a indenização por danos morais foi estipulada para compensar o impacto na dignidade e saúde de Duran, assim como para punir e educar a emissora sobre suas obrigações legais.
O julgamento também expôs uma irregularidade na relação trabalhista entre Duran e a Record, que o contratou de 2006 a 2018 como pessoa jurídica (PJ). A Justiça reconheceu que ele preenchia os requisitos de vínculo empregatício sob a CLT, condenando a emissora a pagar FGTS, férias, 13º salário e outros benefícios devidos.
Esse caso traz à tona o debate sobre capacitismo e o respeito aos direitos dos trabalhadores com condições de saúde debilitantes, reforçando a necessidade de as empresas respeitarem a dignidade de seus funcionários, especialmente quando estão em situações vulneráveis. A decisão pode servir de exemplo para outros casos de discriminação no ambiente de trabalho.
O desenrolar desse processo ainda poderá trazer novas repercussões, especialmente se a Record decidir recorrer da decisão, mas o veredito inicial marca um ponto importante na defesa dos direitos dos trabalhadores com deficiência.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado