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Como Lira travará os projetos que limitam o poder do STF

A postura do presidente da Câmara, Arthur Lira, em relação às propostas que visam limitar os poderes do Supremo Tribunal Federal (STF) reflete uma estratégia política cautelosa. Lira, ao consultar os líderes partidários antes de tomar decisões sobre essas pautas, busca evitar atritos desnecessários com o STF e o governo, demonstrando que prefere manter um bom relacionamento com ambos. Ele entende que a maioria dos líderes não tem interesse em levar adiante essas propostas, especialmente em um momento em que a eleição para a presidência da Câmara se aproxima, em fevereiro de 2025. Com os principais partidos como PSD, União Brasil, Republicanos e os aliados do governo, como PT, PCdoB e PSB, possuindo um bloco de deputados que tende a bloquear qualquer votação anti-STF, Lira pode utilizar isso como argumento para evitar o confronto direto com a Corte. Ao seguir essa linha, ele mantém sua prática de evitar pautas sem grandes chances de aprovação, retirando de si a responsabilidade por um possível fracasso dessas medidas.
Outro ponto relevante na estratégia de Lira é a questão das emendas parlamentares. Ele parece disposto a aliviar as tensões com o STF caso o Supremo autorize o pagamento dessas emendas, suspensas por falta de transparência. Caso isso aconteça, a bancada de centro, que tem grande influência na Câmara, pode abandonar a pressão contra a Corte, enfraquecendo a agenda anti-STF.
Além disso, Lira tem interesse em preservar sua relação com ministros do STF, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, com quem já colaborou em questões como a recuperação das redes sociais do deputado Nikolas Ferreira. Esse relacionamento é importante para Lira, não apenas durante seu mandato como presidente da Câmara, mas também para seus planos futuros na política nacional. Ao travar pautas contrárias ao STF, Lira também protege sua relação com o governo Lula, que é contra qualquer iniciativa que possa enfraquecer o Supremo.
Sua influência no governo, com indicações para cargos estratégicos, como a presidência da Caixa Econômica Federal, reforça essa dinâmica de cooperação entre a Câmara e o Planalto, consolidando Lira como uma figura chave no equilíbrio de poderes no Brasil.

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