Na tarde de 7 de setembro de 2024, um momento inesperado marcou a manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que pede o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O jornalista americano Michael Shellenberger, conhecido por suas investigações sobre censura governamental, apareceu de forma surpresa no evento, aumentando a pressão e o alcance internacional da manifestação.
A presença de Shellenberger ocorreu durante um dos discursos mais aguardados do dia, realizado pela deputada federal Bia Kicis, uma das figuras mais proeminentes do movimento conservador no Brasil e uma crítica vocal de Alexandre de Moraes. Enquanto Kicis discursava para uma multidão de manifestantes, o jornalista subiu ao palco, sendo prontamente saudado pela parlamentar. O público, que já demonstrava grande entusiasmo com os discursos, reagiu com aplausos e palavras de apoio ao jornalista, que se tornou uma figura de destaque no cenário internacional após expor e-mails trocados entre representantes do então Twitter (agora chamado de X) e autoridades do Brasil e dos Estados Unidos entre 2020 e 2022.
As revelações feitas por Shellenberger em suas reportagens, que incluíram comunicações envolvendo censura e controle de informações, geraram repercussões significativas tanto no Brasil quanto no exterior. As reportagens alegaram que Moraes teria coordenado, ou ao menos participado, de esforços para limitar a liberdade de expressão nas redes sociais, principalmente durante o período de eleições e no contexto das investigações envolvendo apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. Essas ações, segundo Shellenberger, configurariam censura e abuso de poder, algo que alimentou a indignação de muitos brasileiros, especialmente aqueles alinhados ao campo político da direita.
A chegada de Shellenberger na manifestação foi vista por muitos como um sinal de que a questão do impeachment de Moraes está ganhando um alcance internacional maior do que o inicialmente previsto. Durante o evento, o jornalista falou brevemente ao público, reforçando as acusações de censura e afirmando que o mundo precisa saber o que está acontecendo no Brasil. Ele declarou que a liberdade de expressão está sob ataque e que as ações de Moraes devem ser investigadas não apenas no âmbito nacional, mas também à luz dos direitos humanos globais. Suas palavras, ainda que curtas, ressoaram profundamente entre os presentes, que viam em sua participação um reforço ao movimento pela destituição do ministro.
O ato foi organizado por diversos grupos conservadores e contou com a presença de várias figuras políticas, como deputados e senadores que defendem abertamente a saída de Moraes do STF. Entre as principais críticas dirigidas ao ministro estão suas decisões em processos que envolvem apoiadores de Bolsonaro, a condução de inquéritos sobre atos antidemocráticos e o controle sobre as redes sociais, especialmente no que diz respeito ao bloqueio de contas de personalidades ligadas à direita política.
Bia Kicis, que retomou seu discurso após a aparição de Shellenberger, destacou que a presença do jornalista americano reforça a gravidade da situação no Brasil e a importância de um movimento que ultrapasse fronteiras. Segundo ela, o que está em jogo é muito maior do que questões políticas internas. "Estamos lutando pela liberdade de expressão, pela preservação dos direitos fundamentais, e agora o mundo está vendo o que está acontecendo aqui", disse Kicis. Ela ainda ressaltou que a batalha contra o "ativismo judicial" de Moraes não pode ser ignorada pela comunidade internacional e que as ações do ministro precisam ser amplamente investigadas.
Os manifestantes que lotaram a Avenida Paulista exibiam faixas e cartazes pedindo a destituição de Alexandre de Moraes, muitos deles com frases como "Liberdade de expressão já" e "Censura nunca mais". A manifestação foi transmitida ao vivo por diversos canais de mídia, tanto nacionais quanto internacionais, e a aparição de Shellenberger ajudou a amplificar o alcance do evento. A hashtag #ImpeachmentDeMoraes rapidamente subiu entre os assuntos mais comentados nas redes sociais, refletindo a grande adesão digital ao movimento.
Ao final da manifestação, organizadores afirmaram que esse era apenas o começo de uma série de eventos que pretendem organizar nas próximas semanas para pressionar o Congresso e a sociedade brasileira a discutirem o impeachment do ministro. A expectativa é que a pressão popular, aliada a uma maior visibilidade internacional, possa resultar em medidas mais concretas contra Alexandre de Moraes no âmbito político e jurídico.
Enquanto a manifestação prosseguia, com mais discursos e a presença de outras figuras públicas, a participação de Michael Shellenberger continuou a ser um dos principais assuntos em debate. Sua presença foi vista por muitos como um fator de peso que pode acelerar o processo de impeachment ou, no mínimo, trazer uma nova dimensão ao movimento. Com a visibilidade que ele carrega, o caso brasileiro pode ganhar relevância nos fóruns internacionais de direitos humanos e liberdade de imprensa, o que adiciona uma nova camada de complexidade à já tensa situação política no país.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
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