Senador desenterra atitude preocupante de Pacheco quando recebeu pedido de Bolsonaro

O senador Esperidião Amin (PP-SC) tem se mostrado um crítico fervoroso das ações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Recentemente, Amin cobrou a abertura de um processo de impeachment contra Moraes, destacando que o pedido entregue ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, reflete a vontade popular. O senador sublinhou a importância de a Casa não se omitir diante de um clamor tão significativo da população brasileira. Segundo Esperidião Amin, o documento de impeachment conta com a assinatura de 150 congressistas e cerca de 1,4 milhão de assinaturas de cidadãos. Ele reiterou que essa manifestação expressiva não pode ser ignorada e que o Senado tem a responsabilidade de dar uma resposta à altura. Amin demonstrou preocupação com a possibilidade de o requerimento seguir o mesmo destino de outros pedidos de impeachment que chegaram ao Senado e foram arquivados sem a devida consideração.

"Há o sentimento de que esse requerimento vai ter o mesmo destino dos anteriores, ou seja, vai ser engavetado e arquivado, definitivamente, em um fim de ano, como já aconteceu no passado", afirmou Amin. Ele lembrou que, no início de 2021, 27 pedidos de impeachment foram arquivados sumariamente, o que gerou um sentimento de frustração entre os cidadãos e senadores que os promoveram. Amin citou ainda uma declaração recente do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que indicava a possibilidade de arquivamento do Inquérito 4.781, descrito como "a mãe desta barbaridade".

O senador também criticou a condução dos inquéritos das Fake News e das Milícias Digitais, que investigam a disseminação de notícias falsas nas redes sociais. Segundo Amin, as ações lideradas por Alexandre de Moraes têm resultado em decisões que ele considera incompatíveis com os princípios de uma democracia. Ele questionou a seletividade das investigações e o fato de muitas decisões serem tomadas com base em processos que ele descreveu como "secretos".

"É dele que derivam julgamentos seletivos e decisões muitas vezes baseadas em processos secretos, o que é inaceitável em uma democracia", afirmou Amin. Ele expressou indignação com o fato de que essas práticas vêm ocorrendo há mais de cinco anos no Brasil. Para Amin, a declaração do presidente do STF sobre o arquivamento iminente desses inquéritos é um reconhecimento de que há algo errado. Ele enfatizou que não deseja ficar isento dessa questão e quer ser julgado por sua posição firme em favor da votação do pedido de impeachment no Senado. Esperidião Amin finalizou sua fala reiterando sua convicção de que o Senado deve votar o pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes. Para ele, essa é uma oportunidade crucial para que a Casa Legislativa mostre seu compromisso com a vontade popular e com a justiça. Amin espera que os colegas senadores também se posicionem de forma clara e transparente, dando uma resposta à altura das expectativas da população. A questão do impeachment de ministros do STF é uma discussão complexa e polêmica, que envolve não apenas aspectos jurídicos, mas também políticos e sociais. O movimento liderado por Esperidião Amin é um reflexo das tensões atuais entre diferentes poderes da República e da crescente demanda por maior transparência e responsabilidade nas ações do Judiciário. O desfecho dessa situação terá implicações significativas para o futuro das instituições democráticas no Brasil.