Lauremília Lucena, esposa do prefeito de João Pessoa, foi presa pela Polícia Federal em uma operação surpreendente realizada na manhã deste sábado (28). A ação, que incluiu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, faz parte da 3ª Fase da Operação Território Livre. Lauremília é acusada de aliciamento violento de eleitores e de oferecer facilidades em cargos da prefeitura em troca de apoio eleitoral.
O prefeito Cícero Lucena, candidato à reeleição, expressou sua indignação, chamando a prisão de “ataque covarde e brutal”. Ele e sua equipe apontam que a operação tem motivação política, visando desestabilizar sua campanha à reeleição. Segundo uma nota divulgada por sua assessoria, a operação foi denunciada previamente pela deputada federal Eliza Virgínia.
A Polícia Federal acusa Lauremília de utilizar sua posição para fazer indicações de cargos na prefeitura, facilitando o acesso a comunidades marginalizadas de João Pessoa.
Além disso, ela é suspeita de ter relações com o crime organizado local, que controla diversas áreas periféricas da cidade. Essas ações configuram, segundo a PF, uma tentativa de influenciar o eleitorado de forma ilícita.
Em nota oficial, Cícero Lucena defende sua esposa e nega qualquer envolvimento em atividades ilícitas. Segundo ele, Lauremília jamais se recusaria a prestar depoimento e a utilização de força desproporcional foi injustificável.
Ele afirma que as acusações são parte de uma estratégia dos adversários políticos para enfraquecer sua candidatura, faltando poucas semanas para as eleições.
Apesar das turbulências, Cícero Lucena continua liderando as pesquisas eleitorais. Segundo dados recentes do Instituto Real Time Big Data, o atual prefeito tem 53% das intenções de voto, colocando-o em posição favorável para vencer no primeiro turno. No entanto, a prisão de Lauremília pode afetar a percepção pública e trazer mais incertezas para a reta final da campanha.
A competição pela prefeitura de João Pessoa apresenta um equilíbrio técnico no segundo lugar, conforme indicam as pesquisas de intenção de voto. Luciano Cartaxo (PT), Ruy Carneiro (Podemos) e Marcelo Queiroga (PL) estão empatados tecnicamente, todos próximos dos 13% das intenções de voto. A margem de erro é de três pontos percentuais, o que significa que a disputa ainda está aberta.
Paralelamente à prisão de Lauremília, a Polícia Federal continua investigando outros envolvidos.
Na segunda fase da operação, a vereadora Raíssa Lacerda (PSB) também foi presa sob suspeita de coerção de eleitores. Ela nega todas as acusações e se diz vítima de perseguição política.
Os mandados de busca e apreensão continuam em andamento.
As investigações abrangem outros possíveis integrantes do esquema criminoso.
A equipe de defesa está tomando medidas legais para contestar as prisões na Justiça.
A prisão de Lauremília Lucena e a sequência de eventos relacionados à Operação Território Livre jogaram uma nova luz sobre o cenário político em João Pessoa. Com as eleições se aproximando, a influência dessas movimentações legais sobre o voto popular ainda está por se revelar.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
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