No último domingo, um debate entre candidatos à Prefeitura de São Paulo, realizado no Teatro B32 e transmitido pela TV Cultura, terminou em uma confusão generalizada. O episódio teve como protagonistas os candidatos José Luiz Datena, do PSDB, e Pablo Marçal, do PRTB. A situação saiu do controle após uma troca de ofensas culminar em uma agressão física, causando grande repercussão nas redes sociais e nos veículos de imprensa.
O tumulto começou quando Pablo Marçal questionou a validade da candidatura de Datena, mencionando uma antiga denúncia de assédio sexual contra o apresentador. Datena, por sua vez, acusou Marçal de calúnia, e as provocações entre os dois candidatos aumentaram. A troca de ofensas foi se intensificando, até que Datena se levantou de seu púlpito e agrediu Marçal com uma cadeira, forçando o mediador do debate, Leão Serva, a interromper o evento temporariamente.
A advogada criminalista Ingrid Ortega explicou que a agressão física pode ser considerada lesão corporal leve ou grave, dependendo dos danos causados à vítima.
No caso específico do incidente no debate, ainda está sendo avaliado se a agressão se enquadra como lesão corporal leve ou grave. Lesão corporal leve tem pena de três meses a um ano e não admite prisão em flagrante, enquanto lesão corporal grave precisa resultar em incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias, perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido ou função.
Ingrid Ortega comentou que a provocação injusta por parte de Marçal pode ser considerada um fator atenuante para Datena, o que poderia resultar em uma redução da pena.
Em relação às implicações eleitorais, a advogada mencionou que, a princípio, não há crimes aparentes no incidente que possam impedir a candidatura de Datena. No entanto, o Código Eleitoral prevê o princípio da moralidade da administração pública, o que não impede que o candidato agressor enfrente punições nesta esfera.
Eduardo Cesar Leite, advogado de Datena, confirmou que pretende representar criminalmente contra Pablo Marçal por calúnia e difamação.
A queixa-crime deve ser protocolada na Justiça Criminal devido às declarações ofensivas feitas por Marçal durante o debate. Após o incidente, Marçal foi levado ao Hospital Sírio-Libanês, recebeu atendimento médico e foi liberado no dia seguinte. Em uma live, Marçal minimizou a agressão, dizendo que teve apenas uma pequena fratura na costela e uma lesão no punho.
Por sua vez, Datena tentou justificar sua reação mencionando emoções intensas e experiências pessoais dolorosas, mas admitiu que agiu de maneira inadequada.
A TV Cultura, organizadora do debate, emitiu uma nota lamentando o episódio e esclarecendo que as regras estabelecidas foram seguidas, resultando na expulsão de Datena e na continuidade do debate com a concordância dos demais candidatos. O incidente destaca a intensidade das emoções em debates políticos e a necessidade de manter a compostura e respeito, mesmo em momentos de grande tensão.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
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