O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a ampliação do foro privilegiado para políticos investigados foi suspenso nesta sexta-feira (27), após o ministro Nunes Marques pedir vista, solicitando mais tempo para analisar o caso. Essa é a 3ª vez que a discussão é interrompida na Corte. Apesar da suspensão, já há maioria de votos favorável à continuidade das investigações no STF mesmo após as autoridades deixarem os cargos nos quais teriam cometido os crimes.
Pelas normas do STF, o pedido de vista pode se estender por até 90 dias. Além de Nunes Marques, ainda faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia para a conclusão do julgamento.
Atualmente, políticos que possuem foro no STF, como ministros, senadores e deputados, têm as investigações de crimes comuns, como homicídio, furto ou sequestro, julgadas pela primeira instância da Justiça, caso os delitos não estejam relacionados às suas funções.
No entanto, se o crime estiver ligado ao exercício do mandato, como em casos de corrupção, o processo permanece no STF, mas apenas durante o período em que ocuparem o cargo.
A maioria dos ministros do STF votou para fixar a seguinte tese: “A prerrogativa de foro para julgamento de crimes praticados no cargo e em razão das funções subsiste mesmo após o afastamento do cargo, ainda que o inquérito ou a ação penal sejam iniciados depois de cessado seu exercício”.
O ministro André Mendonça utilizou esse entendimento para manter no Supremo Tribunal Federal (STF) o inquérito que investiga acusações de assédio sexual contra o ex-ministro Silvio Almeida. O pedido de abertura do inquérito foi enviado pela Polícia Federal.
A mudança no entendimento foi proposta pelo decano do STF, ministro Gilmar Mendes, relator de dois casos que investigam políticos. Um desses casos envolve o senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), que solicitou que uma denúncia contra ele, apresentada à Justiça Federal, fosse levada ao STF.
O outro caso é um inquérito no qual a ex-senadora Rose de Freitas (MDB-ES) tenta encerrar investigações que a acusam de corrupção passiva, fraude em licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O voto de Gilmar Mendes foi acompanhado pelos ministros Dias Toffoli, Cristiano Zanin, Flávio Dino, Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso. Alguns ministros do Supremo defendem que a atual regra, que permite que casos saiam do STF e sejam encaminhados para instâncias inferiores, acaba favorecendo investigados que utilizam recursos legais para prolongar os processos por anos.
Em muitos casos, essa demora resulta na prescrição, quando já não é mais possível aplicar punições. Com a mudança proposta, os ministros acreditam que as investigações poderão ser concluídas mais rapidamente.
Entretanto, os ministros André Mendonça e Luiz Edson Fachin divergiram e defenderam a manutenção da regra atual. Eles argumentam que o foro por prerrogativa de função deve terminar quando a autoridade deixa o cargo.
Para esses ministros, o fim do exercício do cargo ou função elimina a justificativa para a prerrogativa excepcional do foro privilegiado. Informações Gazeta Braasil
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado