Lula cogita Gleisi Hoffmann para ministério no coração do governo

Com a saída da deputada federal Gleisi Hoffmann do comando nacional do PT em 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está considerando alocar a dirigente petista em um novo ministério. A busca por um novo papel para Gleisi surge em um contexto de reorganização interna e estratégias políticas do governo. Inicialmente, a ideia era entregar a ela o Ministério do Desenvolvimento Social, que é responsável pelo programa Bolsa Família, um dos carros-chefe das políticas sociais do PT. No entanto, Lula tem ponderado que Gleisi Hoffmann poderia ser mais útil em uma função de articulação política, dada sua experiência e influência dentro do partido. Essa consideração tem levado à cogitação de colocá-la em uma das pastas ministeriais que operam diretamente do Palácio do Planalto, a poucos metros do gabinete presidencial. Esse posicionamento estratégico permitiria a ela uma atuação mais próxima e direta com o chefe do Executivo, facilitando negociações e articulações necessárias para o governo.

Entre as opções consideradas, uma das mais fortes é a Casa Civil. A pasta, que tem um papel central na coordenação e execução das políticas do governo, poderia ser um local onde Gleisi utilizaria toda sua habilidade política. Contudo, essa possibilidade enfrenta um desafio significativo: o atual ministro da Casa Civil, Rui Costa, conta com a confiança de Lula, apesar de enfrentar algumas críticas de assessores e parlamentares. A substituição de Costa não é uma decisão fácil para o presidente.

Outra alternativa sendo avaliada é a Secretaria-Geral da Presidência, atualmente ocupada por Márcio Macedo. Embora essa pasta seja responsável pela articulação com movimentos sociais, alguns consideram que seu escopo é pequeno para alguém com o perfil político de Gleisi. A possibilidade de ampliar as atribuições da Secretaria-Geral para fazer jus ao talento e à importância da deputada não está descartada, mas ainda depende de várias avaliações e ajustes internos.

Apesar dessas movimentações e considerações, Lula tem afirmado que não pretende realizar uma reforma ministerial ampla no próximo ano. Em vez disso, ele planeja fazer apenas mudanças pontuais, com o objetivo de acomodar aliados estratégicos e fortalecer a base governista. Essa abordagem visa garantir a estabilidade e a continuidade das políticas em andamento, ao mesmo tempo em que se ajusta às novas necessidades políticas e administrativas. Para o lugar de Gleisi Hoffmann no comando nacional do PT, o nome que desponta como favorito é o do prefeito de Araraquara, Edinho Silva. Sua liderança e experiência política são vistas como qualidades essenciais para conduzir o partido em um período de transição e desafios. A escolha de Edinho Silva seria uma aposta na continuidade e no fortalecimento das diretrizes do PT, garantindo que a legenda mantenha sua coesão e relevância no cenário político nacional.