Jornalista tenta "lacrar", é corrigida por Marçal e toma lição básica de português (veja o vídeo) Jornalista tenta "lacrar", é corrigida por Marçal e toma lição básica de português (veja o vídeo) Jornalista tenta "lacrar", é corrigida por Marçal e toma lição básica de português (veja o vídeo) Pular para o conteúdo principal

Jornalista tenta "lacrar", é corrigida por Marçal e toma lição básica de português (veja o vídeo)

Na última segunda-feira, 2 de outubro de 2024, o programa Roda Viva foi palco de um momento que rapidamente se tornou viral nas redes sociais, gerando debates intensos entre internautas e especialistas em comunicação. Durante uma entrevista com Pablo Marçal, empresário e candidato à Prefeitura de São Paulo, a jornalista Amanda Audi, da Agência Pública, cometeu um erro gramatical que não passou despercebido.
Ao formular uma pergunta ao candidato, Amanda utilizou incorretamente o termo "cidadões" em vez de "cidadãos". A pergunta tinha como objetivo questionar Marçal sobre a divulgação de suas propostas políticas, insinuando que ele estaria privando os eleitores e os "cidadões" de São Paulo de conhecerem suas ideias, o que poderia ser visto como uma atitude antidemocrática. Imediatamente após a jornalista concluir sua pergunta, Pablo Marçal interrompeu a fala para corrigir o erro: “Só uma correção, é ‘cidadãos’”, disse o empresário, sem hesitar. A intervenção foi recebida com surpresa tanto pela jornalista quanto pelo público, e o desconforto gerado no estúdio foi perceptível. No entanto, o impacto maior ocorreu fora do estúdio, nas redes sociais, onde o episódio se tornou um dos assuntos mais comentados do dia. Nas plataformas como Twitter, Facebook e Telegram, o vídeo do momento foi amplamente compartilhado, gerando uma enxurrada de comentários. Muitos internautas elogiaram a atitude de Marçal, vendo na correção um reflexo de sua atenção aos detalhes e de seu compromisso com o uso correto da língua portuguesa. "Se um candidato não corrige nem a gramática de quem o questiona, como vai corrigir os problemas da cidade?", argumentou um usuário do Twitter, ecoando o sentimento de diversos outros apoiadores do empresário. Por outro lado, houve quem visse na atitude de Marçal uma demonstração de arrogância ou até mesmo um exemplo de machismo, apontando que a correção poderia ter sido feita de maneira mais delicada, sem interromper a jornalista em rede nacional. "Foi desrespeitoso. Ele poderia ter esperado a jornalista concluir sua pergunta antes de corrigir", comentou uma internauta, refletindo a insatisfação de um grupo que interpretou o gesto como uma tentativa de diminuir a credibilidade da repórter. O incidente, apesar de aparentemente trivial, levantou discussões sobre a importância do uso correto da língua em debates públicos, especialmente em um programa de grande audiência como o Roda Viva. Para muitos, a língua portuguesa é um patrimônio cultural que deve ser preservado e respeitado, principalmente em contextos formais e de grande visibilidade. Outros, no entanto, argumentam que a forma não deveria se sobrepor ao conteúdo, e que o foco principal em uma entrevista política deveria estar nas ideias e propostas discutidas, não em possíveis deslizes gramaticais. A participação de Pablo Marçal no Roda Viva já era cercada de expectativas devido ao seu estilo direto e às suas declarações polêmicas. Ao longo de sua campanha, Marçal tem se destacado por uma comunicação agressiva e pela utilização intensa de suas redes sociais para se conectar com seus eleitores, muitas vezes em detrimento dos meios de comunicação tradicionais. Esse episódio com Amanda Audi apenas reforçou sua imagem de um candidato que não hesita em confrontar seus críticos, mesmo que isso signifique interromper uma jornalista ao vivo.
O momento também gerou análises por parte de especialistas em linguística e comunicação. Alguns acadêmicos destacaram que, embora Marçal estivesse correto ao apontar o erro gramatical, o contexto em que isso foi feito pode ter desviado a atenção do conteúdo da pergunta, que abordava a transparência e a divulgação das propostas de campanha. A professora Maria Clara Nogueira, da USP, comentou que correções gramaticais em um debate público podem parecer arrogantes e desviar o foco da discussão, que deveria estar centrada nas questões políticas em debate. Já o professor João Pereira, da PUC-SP, sugeriu que a correção de Marçal foi um reflexo de sua postura rigorosa e da importância que ele dá à precisão na comunicação, algo que pode ser visto como um diferencial em sua candidatura.
Por fim, o episódio envolvendo Pablo Marçal e Amanda Audi no Roda Viva destacou as tensões existentes entre candidatos e a mídia em um cenário político cada vez mais polarizado. A correção gramatical, que poderia ser vista como um detalhe irrelevante, acabou ganhando proporções significativas e se tornou um símbolo da campanha de Marçal, que tem se caracterizado por confrontos diretos e uma comunicação afiada. Independentemente das opiniões sobre o incidente, é inegável que ele acrescentou mais um capítulo controverso à já intensa campanha eleitoral para a Prefeitura de São Paulo em 2024.

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