"Investigação interna é aberta após delegada falar contra Pablo Marçal na campanha de Ricardo Nunes

Nesta quarta-feira (11), a Corregedoria da Polícia Civil do estado de São Paulo deu início a uma investigação sobre uma entrevista concedida pela delegada Vanessa Guimarães à campanha do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que está em busca de reeleição em São Paulo. A informação foi divulgada pelo site Metrópoles. A entrevista gerou polêmica ao abordar questões sensíveis relacionadas a um dos adversários políticos de Nunes, Pablo Marçal (PRTB).

Na gravação divulgada, a delegada Vanessa Guimarães menciona uma operação policial e afirma que Pablo Marçal estaria envolvido em atividades criminosas. Segundo ela, Marçal teria feito parte de um grupo especializado em “fishing”, uma prática criminosa que consiste no envio de e-mails fraudulentos com o objetivo de obter dados bancários das vítimas para a realização de fraudes financeiras. Esta acusação, naturalmente, causou um alvoroço no cenário político atual.

Durante o vídeo, Vanessa Guimarães afirma ainda que Pablo Marçal foi preso, condenado e que recebeu uma sentença de reclusão de quatro anos e cinco meses. Tal declaração trouxe à tona questões sobre a veracidade das informações e o papel da delegada no contexto eleitoral. Vanessa Guimarães ocupa o cargo de delegada no 32º Distrito Policial de Itaquera, o que levanta dúvidas sobre a imparcialidade e a ética de suas declarações.

Conforme relata o site Metrópoles, a investigação conduzida pela Corregedoria visa apurar possíveis irregularidades nas informações divulgadas pela delegada em um espaço público. A gravação foi publicada por Ricardo Nunes na mesma quarta-feira, o que levanta suspeitas sobre o uso da estrutura da Polícia Civil para fins eleitorais. A situação está sendo acompanhada de perto pelas autoridades competentes. Em resposta às acusações, Pablo Marçal utilizou suas redes sociais para criticar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que é um aliado político de Ricardo Nunes. Marçal questionou como uma delegada da Polícia Civil poderia estar envolvida em uma campanha eleitoral e exigiu que o secretário de Segurança Pública se posicionasse sobre o ocorrido. Ele alertou ainda que pretende acionar o Ministério Público para garantir a lisura do processo eleitoral. Esse episódio evidencia a complexidade e a tensão do cenário político atual em São Paulo, onde as acusações e investigações podem influenciar significativamente a percepção pública dos candidatos. A intervenção da Corregedoria é essencial para garantir que os fatos sejam devidamente apurados e que o processo eleitoral ocorra de maneira justa e transparente. Aguardam-se, portanto, os desdobramentos dessa investigação e as possíveis repercussões para todos os envolvidos.