Declaração de relator do PL da anistia sugere estágio final para desespero do desgoverno Lula

O deputado federal Rodrigo Valadares, do partido União Brasil de Sergipe, declarou na última quarta-feira, dia 11, que o governo do presidente Lula está ciente de que não possui votos suficientes para barrar o avanço do Projeto de Lei da Anistia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. Segundo Valadares, a oposição já conta com o número necessário de votos para aprovar o PL na CCJ.

Valadares destacou que a estratégia do governo tem sido a obstrução dos trabalhos na Comissão, uma vez que sabem que perderão na votação. Ele afirmou que, se o governo tivesse os votos necessários, eles iriam direto para a votação e tentariam vencer no voto. Porém, cientes da derrota iminente, optam por adiar o processo, tentando postergar o que considera inevitável.

A presidente da CCJ, a deputada federal Caroline de Toni, do Partido Liberal de Santa Catarina, anunciou também nesta quarta-feira o adiamento da votação do projeto de lei que pede anistia para os presos do dia 8 de janeiro. De acordo com Caroline, a oposição concluiu que a pauta necessita de uma análise mais aprofundada e deve ser debatida com maior cuidado após as eleições municipais.

Caroline de Toni argumentou que a utilização da anistia como ferramenta política está prejudicando o progresso da Comissão. Isso levou a maioria dos deputados de direita a avaliar que o momento mais adequado para a votação seria em outubro, após as eleições municipais. Ela afirmou que a decisão visa permitir um tempo maior para que os deputados possam se organizar e preparar-se melhor para a votação do PL 2858/2022 no Plenário. A parlamentar ainda acrescentou que essa pausa estratégica é vista como favorável do ponto de vista político. A decisão permitirá que os deputados retornem com mais força em outubro para tratar do tema da anistia, proporcionando um debate mais estruturado e uma votação mais assertiva no Plenário. O deputado federal Nikolas Ferreira, do Partido Liberal de Minas Gerais, também se manifestou sobre o assunto em suas redes sociais. Ele lamentou o uso político da anistia dos presos do dia 8 de janeiro, acusando a Presidência da Câmara de utilizar o tema como moeda de troca. Nikolas classificou essa prática como deplorável e criticou duramente o que chamou de "negociadas espúrias" da Presidência da Câmara.