Clezão é o "marco zero" para o impeachment de Moraes

O senador Magno Malta (PL-ES) trouxe novamente à tona o caso de Clériston Pereira da Cunha, um dos detidos pelos eventos de 8 de janeiro de 2023. Segundo o senador, Clériston permaneceu preso mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) enviar um pedido de soltura ao Supremo Tribunal Federal (STF). Infelizmente, Clériston faleceu devido a comorbidades, o que, para Malta, é uma evidência de negligência do sistema. O senador aproveitou a ocasião para reforçar seu apelo pelo impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes.

Malta destacou que a morte de Clériston é resultado de uma "injustiça promovida pelo Estado" e ilustra a vulnerabilidade do sistema judicial brasileiro. Ele criticou a falta de respeito aos direitos humanos e a ausência de medidas em benefício dos presos. O parlamentar argumentou que esse caso é um exemplo claro das falhas do sistema e da necessidade urgente de reformas.

Em um discurso emocionado, o senador relatou suas tentativas de sensibilizar a Comissão de Direitos Humanos. Malta revelou que chegou a implorar para que a comissão visitasse a Penitenciária Feminina do Distrito Federal, conhecida como Colmeia, onde várias mulheres com doenças graves, como câncer, hipertensão e diabetes, estão detidas. Ele mencionou que visitava uma dessas mulheres quase semanalmente, mostrando sua preocupação constante com a situação dos detentos.

O senador comparou o caso de Clériston com o do jornalista Vladimir Herzog, que foi torturado e morto durante o regime militar. Malta sugeriu que a morte de Clériston deveria ser lembrada da mesma forma que a esquerda relembra e homenageia Herzog. Ele insistiu que a memória de Clériston, ou "Clezão", como era conhecido, deve ser preservada como um símbolo de luta contra as injustiças do sistema. Além disso, Malta acusou Alexandre de Moraes de agir de maneira autoritária e de não ser responsabilizado por suas ações. Ele convocou a população a se manifestar contra o ministro do STF. O senador acredita que a mobilização popular é essencial para pressionar por mudanças e garantir que a justiça seja feita. Em seu discurso, Malta enfatizou que o mundo todo tomou conhecimento da situação. Ele mencionou que, no dia 7 de setembro, as pessoas estavam nas ruas sem medo, pedindo o impeachment de Alexandre de Moraes. O senador conclamou a necessidade de continuar essas manifestações em todas as capitais e cidades do Brasil, repetindo o slogan "Fora, Moraes!" como um grito de resistência e desejo de justiça.