A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), destacou a gravidade da tentativa do crime organizado de influenciar e se infiltrar nas eleições municipais. Em uma entrevista ao jornal O Globo, publicada neste domingo (29), ela sublinhou a seriedade da situação, especialmente devido à ousadia das organizações criminosas em querer moldar as leis que regem a sociedade. Segundo a ministra, há um risco real de que essa prática perniciosa se estenda a níveis estaduais e até nacionais, o que torna a situação ainda mais crítica.
Cármen Lúcia enfatizou que o atrevimento criminoso de tentar influenciar processos eleitorais é uma questão que não pode ser subestimada. Ela mencionou o caso do assassinato do prefeito de João Dias, no Rio Grande do Norte, como um exemplo concreto da gravidade da situação. O prefeito, que buscava a reeleição, foi morto em circunstâncias que indicam o envolvimento de facções criminosas. Para a ministra, é imperativo adotar medidas imediatas para impedir que os criminosos alcancem seus objetivos e para evitar que ações iniciadas em outros momentos se perpetuem.
Em resposta às perguntas sobre as ações do TSE, a ministra informou que foi criado um núcleo de especialistas do Ministério Público e da Polícia Federal. Esse núcleo tem a função de verificar, a partir dos pedidos de registro de candidatura, se há pessoas envolvidas em processos relacionados a organizações criminosas. Esta iniciativa é inédita e reflete a preocupação da Justiça Eleitoral com as notícias de possíveis infiltrações criminosas nos órgãos estatais. Cármen Lúcia frisou que, embora o direito de votar e ser votado seja fundamental, a Justiça Eleitoral não pode ignorar a presença de elementos criminosos no processo eleitoral.
O assassinato do prefeito Marcelo Oliveira, também conhecido como Francisco Damião de Oliveira, chocou a comunidade de João Dias e chamou a atenção para os perigos que os candidatos enfrentam. Marcelo, filiado ao partido União Brasil, foi morto a tiros em agosto. Após ser atingido, ele foi levado para uma unidade de saúde em Catolé do Rocha, na Paraíba, mas não resistiu aos ferimentos. O crime também vitimou seu pai, Sandi Alves de Oliveira, de 58 anos, que estava com ele no momento do ataque.
A morte de Marcelo Oliveira e seu pai é um exemplo trágico das consequências da infiltração do crime organizado na política. Esses eventos sublinham a urgência de medidas eficazes para proteger candidatos e assegurar a integridade do processo eleitoral. A ministra Cármen Lúcia ressaltou a importância de uma resposta rápida e coordenada para evitar que os criminosos continuem a ameaçar a democracia e a segurança pública.
Por fim, a ministra reafirmou o compromisso do TSE em tomar todas as medidas necessárias para garantir eleições justas e seguras. Ela destacou que a colaboração com outras instituições, como o Ministério Público e a Polícia Federal, é essencial para enfrentar a ameaça representada pelo crime organizado. O objetivo é não apenas identificar e barrar candidatos com vínculos criminosos, mas também proteger a integridade do sistema eleitoral e a confiança do público nas eleições.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado