O Supremo Tribunal Federal (STF) tornou-se alvo preferencial do “populismo autoritário”, destacou o presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, em entrevista à CNN. Segundo o ministro, muitas críticas ao STF vêm de pessoas que não apreciam a própria Constituição. Barroso sublinhou que a importância do Supremo é comparável à da própria Carta Magna, sendo o STF o seu guardião legítimo.
“O Supremo foi escolhido como alvo porque o populismo autoritário tende naturalmente a dividir a sociedade entre ‘nós’ e ‘eles’. O ‘nós’ representa o povo decente, trabalhador e conservador, enquanto ‘eles’ simbolizam as elites globalistas, esquerdistas e corrompidas. Essa é a divisão clássica do populismo, especialmente o de direita; embora o populismo de esquerda também seja prejudicial. Portanto, o populismo necessita de inimigos, e a corte foi eleita como tal”, explicou Barroso.
Sem mencionar diretamente Jair Bolsonaro, Barroso afirmou ter sido alvo de um ex-presidente da República, ressaltando que o papel das instituições é promover a pacificação do país. Para ele, a polarização é parte da democracia, mas não deve ser fomentada por agressões. “A grosseria é sempre uma derrota do espírito. Mesmo quando o ex-presidente fazia afirmações grosseiras sobre mim, nunca me pareceu adequado responder no mesmo tom. Se eu o fizesse, estaria perdendo. Precisamos recuperar a civilidade e a polarização política”, afirmou.
Barroso também mencionou as campanhas eleitorais deste ano como exemplos de baixa civilidade e grosserias. “Só pode ser um cretino completo a serviço de uma causa escusa quem vê quem pensa diferente como inimigo. Quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, mas meu parceiro na construção de uma sociedade aberta e plural”, pontuou. Isso reflete a necessidade de uma convivência baseada no respeito e na pluralidade de ideias.
Quando questionado sobre a possibilidade de prisão de um ex-presidente da República, em referência aos casos envolvendo Bolsonaro, Barroso evitou fazer previsões. “Minha bola de cristal está bem embaçada e geralmente só enxerga para trás. Analisando a história, procuro olhar além da fotografia e ver o filme. O filme da história brasileira, especialmente da redemocratização”, disse, direcionando a conversa para os problemas reais do Brasil.
Barroso compartilhou preocupações que evoluíram ao longo dos anos. “Anos atrás, minhas preocupações incluíam acabar com a tortura que desonrava nossas instituições, a censura nas redações de jornais, e criar instituições democráticas. Hoje, minhas preocupações são: melhorar a qualidade da educação básica, enfrentar a mudança climática, investir em Ciência e Tecnologia. Precisamos empurrar a história na direção que a Constituição determina”, resumiu. Bem humorado, ele afirmou que um ministro do STF precisa estar em dia com a terapia, pois está sempre desagradando alguém. “Um juiz ou ministro do Supremo deve ser bem ‘analisado’ porque o grau de rejeição é significativo. Quem ficou feliz hoje, pode estar descontente amanhã com outra decisão”, concluiu Barroso.
Herói sem capa: Policial enfrenta sozinho trio de criminosos que mantinham família refém e salva todos, (Veja o Vídeo)
Imagens de câmera de monitoramento mostram o momento em que um brigadiano sozinho salva um casal e uma criança feitos reféns durante assalto na noite de terça-feira (1º) em Estância Velha. O confronto aconteceu uma agropecuária na Rua Walter Klein, no bairro Bela Vista. Nas cenas, o policial militar aparece armado em uma área externa da agropecuária. Em seguida, dois criminosos saem segurando as vítimas, que são seguidas por um cordeiro. "Foi uma situação inédita para mim", diz policial que salvou família refém de assalto em agropecuária de Estância Velha Criminoso que morreu após ser baleado durante assalto com reféns em Estância Velha usava tornozeleira eletrônica No momento em que os criminosos se aproximam de um carro estacionado em frente ao local, o policial se distancia em meio à rua. Os criminosos tentam embarcar com os reféns, mas o agente dispara um tiro em direção ao carro. O delegado de Estância Velha, Rafael Sauthier, explica que uma policial teria chegado