Ontem, na Assembleia Geral da ONU, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, proferiu um discurso que gerou reações diversas. A delegação brasileira, por exemplo, optou por boicotar a fala, retirando-se do plenário e demonstrando desinteresse em ouvir o que o chefe de Estado israelense tinha a dizer. Esse gesto, significativo em termos diplomáticos, foi uma clara mensagem de desacordo com as posições apresentadas por Netanyahu.
Para aqueles que não acompanharam o discurso, aqui vai um resumo do que foi dito. Netanyahu iniciou sua fala lembrando o atentado de 07/10, que marcou profundamente o país. Ele enfatizou que Israel está em uma luta constante contra o Irã, que, segundo ele, apoia diversas ofensivas contra o território israelense. Citou o ataque do Hamas em 07/10, os mais de 8 mil foguetes lançados pelo Hezbollah, e os mais de 250 ataques com drones dos houthis do Yemen, além de dúzias de ataques das milícias xiitas da Síria e do Iraque e os mais de 300 drones e mísseis lançados pelo próprio Irã.
Netanyahu apresentou a questão como uma luta entre dois polos opostos, que ele denominou de "mapa da benção" e "mapa da maldição". No mapa da benção, ele inclui Israel e os países árabes dispostos a cooperar para construir um futuro melhor. Já no mapa da maldição, estariam o Irã, Iraque, Síria e Yemen, que, de acordo com ele, estão inclinados a ameaçar e destruir. Essa dicotomia foi um ponto central de sua argumentação, reforçando a ideia de que Israel busca aliados na construção de um ambiente pacífico e próspero.
Sobre a situação específica de Gaza, Netanyahu deixou claro que não aceitará um governo do Hamas. Ele expressou a disposição de trabalhar por uma administração local civil, desmilitarizada e desradicalizada. Também afirmou que a guerra contra o Hamas não terminará enquanto os reféns não forem libertados, uma postura firme que, segundo ele, qualquer país adotaria em circunstâncias semelhantes. Essa posição sublinha a gravidade da situação e a determinação de Israel em garantir a segurança de seus cidadãos.
Em relação ao Hezbollah, Netanyahu questionou qual país não reagiria se uma milícia forçasse 60 mil de seus cidadãos a deixarem suas casas, equivalente a 1,2 milhão de brasileiros, uma população comparável à de Porto Alegre. Ele destacou que o trauma do ataque de 07/10 ainda está muito presente e que Israel não pode se dar ao luxo de ficar exposto a um novo ataque. Essa analogia visava criar empatia e compreensão internacional sobre as medidas de defesa adotadas por Israel.
Por fim, Netanyahu reafirmou o direito de Israel de existir e de se defender, alegando que essas duas questões são intrinsecamente ligadas. No entanto, uma crítica que pode ser feita ao discurso é a ausência de uma sinalização mais clara em relação ao estabelecimento de um estado palestino. A única menção foi a respeito de uma administração civil em Gaza, sem abordar a situação na Cisjordânia, onde muitas vezes colonos israelenses causam terror. Essa falta de menção enfraquece o discurso, ao não abordar uma aspiração legítima dos árabes da região.
De qualquer forma, a escolha entre o Irã e Israel, como colocada por Netanyahu, é real e significativa. A decisão dos diplomatas brasileiros de se retirarem do plenário indica claramente sua posição. O Irã, recentemente aceito no BRICS, tem uma relação de longa data com o Brasil, especialmente durante os mandatos de Lula. Esse alinhamento reflete a máxima: "Diga-me com quem andas, e eu te direi quem és".
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