Tarcísio se explica sobre voto nulo contra a esquerda após críticas

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou atrás nesta quarta-feira (28) após admitir que errou ao sugerir voto nulo caso o segundo turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo fosse disputado entre Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB). A declaração, feita durante uma entrevista, gerou críticas intensas nas redes sociais, principalmente de figuras conservadoras. Tarcísio, que apoia a reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB), foi criticado por indicar o voto nulo como "um bom caminho" em um eventual segundo turno entre dois candidatos de esquerda. Reconhecendo o erro, ele afirmou ao UOL que não se expressou corretamente e que, de fato, "não haverá voto nulo contra a esquerda aqui". Essa correção visa realinhar seu posicionamento, reforçando a importância de não ceder espaço para candidatos de esquerda nas eleições. Entre os críticos mais destacados esteve o vereador carioca Carlos Bolsonaro, que lembrou as consequências do voto nulo em situações anteriores. Ele argumentou que essa atitude ajudou a fortalecer a esquerda no passado, resultando na ascensão do PT ao poder. Carlos ressaltou que a atual situação do Brasil é um reflexo direto das escolhas eleitorais feitas anteriormente, alertando contra a repetição dos mesmos erros. A resposta de Tarcísio de Freitas demonstra a pressão que ele enfrenta para manter uma posição firme contra a esquerda, especialmente em um cenário político tão polarizado. As eleições para a Prefeitura de São Paulo são vistas como um termômetro para o cenário nacional, e qualquer sinal de fraqueza ou indecisão pode ser explorado por adversários políticos. Com essa retificação, Tarcísio busca evitar um desgaste maior com a base conservadora, especialmente com aliados do bolsonarismo, que são críticos de qualquer atitude que possa favorecer a esquerda. Ao corrigir sua declaração, o governador reafirma seu compromisso em manter a direita unida e em impedir que candidatos de esquerda avancem nas urnas. A polêmica destaca as dificuldades que líderes da direita enfrentam ao tentar equilibrar apoio a candidatos específicos enquanto evitam divisões internas que possam enfraquecer o movimento conservador no Brasil.