Sete partidos do governo Lula não reconhecem vitória de Maduro

A recente eleição na Venezuela, marcada por controvérsias e alegações de falta de transparência, recebeu reconhecimento apenas de dois partidos da base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT): o PT e o PCdoB. Esses partidos se alinharam com a narrativa de Nicolás Maduro, enquanto outros membros da coalizão governamental brasileira mantiveram uma postura crítica ou neutra. Partidos como MDB, PSD, União Brasil, PSB, PP, Republicanos e Rede Sustentabilidade, responsáveis por 13 ministérios, expressaram dúvidas sobre a legitimidade da vitória de Maduro. A posição desses partidos reflete uma preocupação com a transparência e a integridade do processo eleitoral venezuelano, que tem sido alvo de críticas internacionais. O PSOL, por sua vez, adotou uma postura ambígua. Embora não tenha questionado diretamente os resultados, o partido se focou em criticar as “ameaças golpistas” da oposição, sem tomar uma posição clara sobre a validade da eleição. Guilherme Boulos, candidato do PSOL à Prefeitura de São Paulo, foi notavelmente o único a não se posicionar contra os resultados. O PDT, até o momento, mantém uma posição neutra, sem qualquer declaração pública sobre o tema. A ausência de um posicionamento claro do partido destaca a divisão existente entre os membros da coalizão governamental em relação à situação venezuelana. Nicolás Maduro mencionou que Lula, junto com os presidentes Andrés Manuel López Obrador (México) e Gustavo Petro (Colômbia), está trabalhando para garantir o respeito à soberania da Venezuela. Essa declaração sublinha a aliança estratégica entre esses líderes de esquerda na América Latina, apesar das divergências internas em seus respectivos países.

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