No seminário promovido pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA) sobre a regulamentação das redes sociais, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), fez declarações contundentes em defesa da atuação do Judiciário, especialmente do STF e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Durante seu discurso, Moraes procurou justificar as ações das cortes na "proteção da democracia" e no "combate às ameaças virtuais e ao extremismo," criticando fortemente a mídia tradicional por sua cobertura dos recentes escândalos, especialmente no que diz respeito ao caso "Vaza Toga."
Moraes afirmou que, apesar de defenderem os direitos da imprensa tradicional, o STF e o TSE agora enfrentam críticas injustas e ataques da mesma mídia que antes protegiam. Ele não comentou diretamente as reportagens que o envolvem no escândalo, mas seu discurso deixou claro o desconforto com a cobertura midiática, que tem revelado detalhes comprometedoras de conversas entre juízes e medidas drásticas sugeridas contra jornalistas e opositores políticos.
A mídia, com destaque para a Folha de São Paulo, tem documentado episódios preocupantes, como a discussão entre juízes sobre o sequestro do jornalista Allan dos Santos e a perseguição ilegal de outras figuras públicas, incluindo o jornalista Oswaldo Eustáquio. A recente operação de busca e apreensão na casa de Eustáquio, que envolveu a apreensão de pertences de sua filha menor de idade, gerou protestos e levantou questões sobre os limites da atuação do Judiciário em casos politicamente sensíveis.
Moraes, por sua vez, argumentou que todas as ações do STF estão em conformidade com a Constituição, visando a proteção da ordem pública e da democracia. No entanto, suas palavras não diminuíram as preocupações de muitos sobre o uso do poder judicial para silenciar opositores e controlar o discurso público, especialmente nas redes sociais e na imprensa independente.
O seminário, que deveria focar na regulamentação das redes sociais, acabou expondo ainda mais as tensões entre o poder judicial e a liberdade de expressão no Brasil. A postura de Moraes, ao defender as ações do STF, foi vista por alguns como uma tentativa de justificar excessos e consolidar um poder que parece cada vez mais distante do controle democrático e da crítica pública.
Será que os jagunços do ditador estão de sobreaviso?
— 🇧🇷Wil🇧🇷 (@PatriotaWil) August 19, 2024
Esse covarde é mais mentiroso que o #Luladrão pic.twitter.com/5sdyRVCjiq