A operação policial que teve como alvo o prefeito de Bagé, Divaldo Lara (PL), um declarado apoiador de Jair Bolsonaro, traz à tona mais uma controvérsia envolvendo figuras ligadas ao ex-presidente. Na manhã desta terça-feira (13), 72 agentes participaram da ação, cumprindo 34 mandados de busca e apreensão em várias cidades, incluindo Bagé, Porto Alegre e Florianópolis.
Além de Divaldo Lara, sua esposa Priscila Lara e os vereadores Rodrigo Halfen Ferraz e Michelon Garcia Apoitia, ambos do PL, também foram alvos da operação. Ferraz, que atualmente ocupa a presidência da Câmara de Vereadores de Bagé, é uma figura de destaque no município. Essa não é a primeira vez que o prefeito se vê no centro de investigações; há cerca de três meses, sua residência foi alvo de uma ação da Polícia Federal.
A operação, denominada Coactum III, investiga um esquema de rachadinha e caixa 2, supostamente operando no município de Bagé. A Polícia Federal também aponta indícios de organização criminosa, peculato e lavagem de dinheiro, entre outros crimes que poderiam envolver a administração pública da cidade. Essas acusações, se comprovadas, podem abalar ainda mais a já desgastada imagem de integridade associada a alguns dos apoiadores mais fiéis do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em resposta às ações policiais, a defesa de Divaldo Lara afirmou que não existem novos fatos que justifiquem os mandados de busca e apreensão realizados nesta operação. Segundo a defesa, trata-se de uma continuidade de uma investigação anterior, que, segundo eles, já se prolonga de maneira ilegal e desproporcional. A defesa promete demonstrar em juízo a abusividade da operação.
Essa operação e as acusações que surgem contra figuras políticas ligadas a Bolsonaro reforçam a percepção de que as investigações de supostos crimes de corrupção e desvio de recursos públicos continuam a ser um campo minado para os aliados do ex-presidente. Independentemente do desfecho, a situação em Bagé ilustra os desafios legais e éticos que ainda cercam muitos políticos no Brasil, especialmente aqueles que têm uma conexão direta com o legado de Bolsonaro.
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...