O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, se manifestou na quinta-feira (22) sobre o vazamento de mensagens de servidores do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Supremo Tribunal Federal (STF) que expuseram ações fora do rito de seu gabinete. De acordo com Paulo Gonet, o vazamento teve como objetivo colocar em dúvida as investigações conduzidas por Alexandre de Moraes.
“Na espécie, o vazamento seletivo de informações protegidas por sigilo constitucional, recentemente publicizado por meio de veículos de comunicação, teve o nítido propósito de tentar colocar em dúvida a legitimidade e a lisura de importantes investigações que seguem em curso no Supremo Tribunal Federal, como estratégia para incitar a prática de atos antidemocráticos e tentar desestabilizar as instituições republicanas”, disse o PGR na sua manifestação que avalizou a ordem de apreensão do celular do ex-servidor do gabinete de Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro.
Gonet ainda disse que a apreensão do celular era relevante “para que se possa identificar os autores dos vazamentos criminosos praticados e cessar as práticas delitivas, para resguardar a segurança e a lisura de importantes trabalhos investigativos que estão a serviço da coletividade”.
Esta foi a 1ª manifestação oficial do Procurador-Geral da República (PGR) sobre o caso, uma vez que o inquérito para apurar o vazamento foi iniciado sem um pedido formal de sua parte. A instituição foi informada da investigação apenas após a decisão do ministro. Tagliaferro prestou depoimento à Polícia Federal na quinta. Ele ocupou o cargo de responsável pelo enfrentamento à desinformação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a gestão de Moraes.
O ministro nega qualquer irregularidade nos procedimentos adotados. Informações Gazeta Brasil
A defesa do tenente-coronel Ronald Ferreira de Araújo apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido para que o julgamento do militar ocorra em outra instância da Justiça. Ronald é um dos acusados de integrar uma organização que teria planejado um suposto golpe de Estado no Brasil após o resultado das eleições presidenciais de 2022, na qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu o presidente Jair Bolsonaro (PL), que tentava a reeleição. A defesa de Ronald Araújo sustenta que o STF não detém competência para julgar o caso, já que nenhum dos acusados possui foro por prerrogativa de função. Segundo os advogados, a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República é vaga e inepta, uma vez que não descreve com clareza os fatos e as condutas atribuídas ao militar – dificultando o exercício do direito de defesa. Ronald é acusado pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, gol...