Para atacar Marçal, Janones desce ao nível mais baixo possível

O deputado federal André Janones (Avante-MG) fez uma declaração de forma baixa ao sugerir, que Carol Marçal, esposa de Pablo Marçal (PRTB-SP), teria tido um caso extraconjugal. Na insinuação, Janones afirmou que essa suposta "relação sexual" teria ocorrido com o principal apoiador de Guilherme Boulos (Psol-SP), deputado e candidato à Prefeitura de São Paulo. A declaração foi feita no domingo, 25 de agosto de 2024, e rapidamente causou grande repercussão nas redes sociais. Janones também aproveitou a oportunidade para criticar o candidato Pablo Marçal, fazendo uma alusão ao "M" usado na campanha de Marçal, sugerindo que o "M" seria de "manso" e não de Marçal. A provocação ocorreu após Marçal afirmar que estava sendo alvo de uma tentativa de censura por parte do sistema, após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de São Paulo ter suspendido temporariamente seus perfis nas redes sociais no sábado, 24 de agosto. O deputado usou a rede social X (antigo Twitter) para ilustrar um exemplo de como ele poderia ser processado por difamação caso fizesse uma afirmação semelhante, mas ressaltou que não estava fazendo uma acusação real. Ele ironizou o fato de que, se fosse processado e desobedecesse a uma ordem judicial para apagar as postagens, poderia ter suas contas suspensas, o que, segundo ele, não caracterizaria uma censura, mas sim o cumprimento da lei. Janones foi ainda mais longe ao afirmar que ele e seus aliados são capazes de jogar "qualquer jogo melhor do que eles", referindo-se a Marçal e seus apoiadores. Ele sugeriu que a capacidade de pensar estrategicamente é superior à dos adversários políticos, a quem ele classificou como "burros" e incapazes de competir com sua inteligência e estratégia política. A declaração provocou uma forte reação tanto entre apoiadores quanto entre críticos. Alguns viram as palavras de Janones como uma provocação desnecessária e de baixo nível, enquanto outros as interpretaram como uma demonstração da habilidade do deputado em dominar o discurso público e manipular narrativas. O episódio é mais um exemplo da crescente polarização na política brasileira, especialmente em meio a uma campanha eleitoral acirrada como a de São Paulo. As redes sociais, onde a troca de farpas se intensifica, tornaram-se o campo de batalha principal, onde a retórica inflamada e as insinuações pessoais ganham destaque.